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4ª fase da operação Tarja Preta cumpre 11 mandados de busca e três conduções coercitivas

DA REDAÇÃO – O Ministério Público do Estado de Minas Gerais, por meio da Promotoria de Coordenadoria de Saúde da Macrorregião Nordeste (Teófilo Otoni), do Grupo Especial do Patrimônio Público (GEPP), e do Grupo de Apoio de Operacional Policial (GOP), ligado ao Núcleo Especial de Combate à Corrupção (NECC), e a Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, deflagraram na manhã desta terça-feira (06), a quarta fase da operação “Tarja Preta”, para combater fraudes a licitações destinadas à compra de medicamentos e insumos hospitalares, que resultaram no desvio de dinheiro público em diversas cidades mineiras por meio de superfaturamento e pela inexecução do contrato.

Os crimes praticados pelos integrantes da organização criminosa provocaram danos ao erário em montante milionário em diversos municípios que já se encontravam com seus cofres combalidos por conta da atual crise financeira, causando grave prejuízo às populações locais.

A operação contou com a participação de um promotor de justiça,  09 delegados da Polícia Civil e 37 investigadores e escrivães.

Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão nas empresas do Grupo Plena, bem como nas residências de seus funcionários envolvidos na fraude sob investigação.

O promotor de justiça e os delegados da Polícia Civil realizaram uma entrevista coletiva na sede da Delegacia Regional de Caratinga, às 11h de ontem, para detalhar a operação.

 

‘Esquema’ é grande

 

Segundo a PC, a investigação segue em andamento e o foco passa a ser o de provar que várias cidades de Minas Gerais estão envolvidas no esquema e não só apenas empresas privadas, mas também políticos.

“Nós verificamos que são fortes os elementos que atestam que essa fraude não aconteceu apenas na cidade de Teófilo Otoni, como também em outras diversas cidades. Já posso adiantar preliminarmente que foram arrecadados elementos que vão ser fundamentais para o prosseguimento das investigações. Futuramente vamos ter que atacar também o núcleo político e não só o núcleo empresarial. Nós sabemos que não é só o núcleo empresarial auferiu dinheiro, houve também desvio de verba pública”, afirma o delegado Fernando Lima.

 

Entenda o caso

 

A operação Tarja Preta foi deflagrada no dia 27 de novembro de 2018. A ação da Polícia Civil investiga possíveis irregularidades na aquisição de materiais hospitalares e medicamentos entre os anos de 2014 e 2015. O esquema seria composto por ex-servidores públicos do município e empresários do ramo farmacêutico em Caratinga. Três pessoas foram presas no dia em que a primeira fase foi deflagrada e o quarto investigado foi preso no dia 1º de dezembro, no Aeroporto Internacional de Confins.

No dia 10 de dezembro de 2018 mais uma prisão foi realizada, na segunda fase da operação. A prisão temporária foi realizada em Caratinga. Já em Teófilo Otoni foi cumprido um mandado de busca e apreensão.

Já na terceira fase da operação, que foi deflagrada no dia 12 de dezembro de 2018, quatro pessoas foram presas. A operação foi realizada de forma simultânea em Caratinga e Teófilo Otoni, culminando na prisão preventiva de três pessoas e mais uma prisão temporária; quatro mandados de busca e apreensão também foram cumpridos. (Com informações do G1 e Assessoria do MP e PCMG)

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