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A arte do bonsai é cultivada em Teófilo Otoni

Bonsais, as árvores cultivadas em bandejas
Bonsais, as árvores cultivadas em bandejas

TEÓFILO OTONI – Ao contrário do que muitos imaginam ter uma árvore em casa não precisa demandar muito espaço, mesmo para aqueles que moram em um apartamento, inclusive. Originário da China, mas difundido no Japão, o bonsai, que quer dizer “plantado em um vaso” ou ainda ‘árvore em bandeja’, é uma ótima opção para quem quer ter uma planta em casa, no entanto, requer muito cuidado, como qualquer outra espécie, e ainda, disciplina.

“Mestre Hidaka ministrava uma oficina de bonsais e eu era um dos alunos. Nosso grupo moldava um junípero e estava dividido quanto à necessidade da poda de um galho. Pedimos uma opinião do mestre e aí ele falou com seu forte sotaque japonês: ‘na dúvida deixa para o ano que vem’. Aprendemos com esta afirmação mais uma lição para a vida. A prevalência da reflexão sobre a execução, da paciência sobre a pressa. O cultivo dos bonsais nos ensina mais; o desapego, a humildade em reconhecer a nossa ignorância e, sobretudo nos premia com um otimismo e uma alegria ímpar ao ver os resultados e ao fazer planos para futuro das plantas”, destacou José Carlos Lana, do Águas Bonsai.

Para José Carlos Lana, o fazer e cultivar um bonsai não tem mistérios, “Tem sensibilidade, coragem e um bom conhecimento prático e teórico que se vai construindo com o tempo
Para José Carlos Lana, o fazer e cultivar um bonsai não tem mistérios, “Tem sensibilidade, coragem e um bom conhecimento prático e teórico que se vai construindo com o tempo

Ainda segundo José Carlos ‘a arte bonsai, ao contrário que muita gente pensa, não nasceu no Japão. Nasceu na Índia há cerca de 3000 anos A.C. e chegou ao Japão fazendo o mesmo caminho do Zen Budismo: Índia, Tibet, China e Japão. Daí se espalhou pelo mundo, chegando ao Brasil em 1908, com os primeiros japoneses imigrantes. No entanto, não há a mesma densidade de bonsaístas da Itália, França, Espanha, Indonésia, Tailândia, sem falar do Japão e da China. De acordo com Lana, ‘se perdemos em número de bonsaístas ganhamos muito em qualidade. Mestre Hidaka é um exemplo disto formando dezenas de bonsaístas, inclusive meu segundo mestre, Rock Jr, de Nova Lima’, pontuou.

Para Lana, o fazer e cultivar um bonsai não tem mistérios. Tem sensibilidade, coragem e um bom conhecimento prático e teórico que se vai construindo com o tempo. Demanda respeito às plantas, afinal são seres vivos. Elas não falam, óbvio, mas emitem sinais, na sua linguagem própria, reclamando de doenças, desidratação e stress térmico e falta de nutrientes. O criador deve procurar entender estes sinais e de preferência, evitar a todo custo que isto aconteça. “A planta não morre, você que a mata”, outra afirmação do mestre Hidaka.

“Posso fazer um bonsai de qualquer árvore ou arbusto?” Não, é a resposta. A planta deve ser a princípio, rústica e resistente, adaptada ao ambiente em que vive, de fácil cultivo e de alta densidade foliar. Exemplos, algumas coníferas ou “pinheiros” como os juníperos, o resistente buchinho, a piracanta, com seus lindos frutinhos, espécies africanas como parrasolé e leucena. O Brasil nos oferece as caliandras, a jabuticabeira sabará, e a eugênia como espécies indicadas. E aqui na região a bougavíléa é uma espécie nativa, resistente e, sobretudo linda na época da floração, em um vaso bonsai. O leitor pode encontrar aqui em Teófilo Otoni, na comunidade de Lajinha, uma vasta variedade de ofertas de árvores perfeitamente adaptadas ao nosso clima”, finalizou Lana.

De acordo com José Carlos, mais informações sobre o bonsai podem ser obtidas aqui mesmo em Teófilo Otoni, no AguasBonsai – Cursos e Consultoria, ou pelo email: aguasbonsais@gmail.com / Celular: 33-98723-5646

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