TEÓFILO OTONI – Os estudantes do curso Técnico em Meio Ambiente do IFNMG-Campus Teófilo Otoni, acompanhados dos professores Sérgio Lana, Alexandre Petusk, Ivan Almeida e Lucas Ferrari, visitaram a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Copasa, localizada no Bairro Turma 37, às margem do rio Todos os Santos.
A visita foi conduzida pelos técnicos da Copasa que explicaram aos estudantes e professores como funciona todo o processo de tratamento do esgoto coletado na cidade de Teófilo Otoni, que representa atualmente cerca de 70% do total de esgoto gerado na cidade.
Os estudantes e professores puderam ver de perto os sistemas de tratamento adotado, em seus diferentes níveis: grades e desareadores para tratamento preliminar, com objetivo de remover sólidos grosseiros; reatores anaeróbios de fluxo ascendente (UASB), filtros percoladores e decantadores secundários para tratamento primário/secundário, com objetivo de remover matéria orgânica e coliformes. Após passar por esses processos, o esgoto tratado é lançado no rio Todos os Santos já com grande parte dos poluentes removidos. Toda a matéria orgânica acumulada nos tanques e decantadores formam o lodo que deve ser periodicamente retirado, secado e depositado no aterro sanitário específico para este fim, também da Copasa. Esse lodo também pode ser reaproveitado como adubo na atividade agrícola.
A Copasa também revelou os desafios e problemas enfrentados pela gestão da ETE. A manutenção dos equipamentos deve ser feita periodicamente, mas a mão de obra é bem especializada e depende de peças novas que são encontradas somente em São Paulo. Atualmente a eficiência da ETE se encontra bem abaixo do esperado, de forma que o efluente final do tratamento ainda se encontra com teor relativamente elevado de matéria orgânica.
Durante a visita, também foi ressaltada a importância da cooperação de todos os setores da sociedade para que o tratamento do esgoto seja mais eficiente. Por parte do Poder Público, falta fiscalização para evitar e coibir o lançamento de efluentes provenientes de atividades não domésticas, como por exemplo, matadouros clandestinos, que acabam por despejar sangue na rede de esgoto, acidificando-o e prejudicando a eficiência do seu tratamento na ETE. Por parte da população em geral, falta conscientização das pessoas para não jogarem lixo na rede de esgoto. Por fim, os estudantes e professores do IFNMG agradeceram aos técnicos da Copasa pela atenção e disposição prestadas. O IFNMG-Campus Teófilo Otoni, por meio dos professores, também agradeceu à Copasa pela parceria, que tem contribuído para a formação técnica de seus estudantes.