ITINGA – A água tratada é a demanda mais importante para qualquer sociedade. Essa foi a conquista de atingidos pela barragem de Irapé e pela exploração do granito, na cidade de Itinga, no Vale do Jequitinhonha. Após a jornada de lutas do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), os atingidos que recebiam nas residências água turva e com cheiro de ferro, agora, estão recebendo água tratada.
A conquista veio por meio da luta do 14 de março, quando se celebra o dia Internacional de Luta pela Água, pela Vida e pelos Rios. Os atingidos fizeram mobilizações no dia 15 de março e foi demandado da Copasa Serviços de Saneamento e Integrado do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Copanor ) a imediata solução do problema.
Na ocasião foi marcada uma reunião entre o MAB e a Copanor, para o dia 26 de março, na Câmara dos Vereadores. Após a reunião com a presença de cerca de 150 atingidos, foi encaminhada a demanda. “Depois da luta descobrimos que o tratamento de água de Itinga era uma farsa. Não existia um responsável direto para fazê-lo. Isso é um absurdo, que a tanto tempo o povo consumia água suja”, denuncia militante do MAB na região.
Direito a informação
Em Itinga, o contrato entre a prefeitura e a Copanor para abastecimento de água e tratamento de esgoto, existe duas cláusulas desconhecidas pela população. Entre elas, pessoas que possuem o Número de Identificação Social (NIS) tem o direito de pagar a taxa mínima pelo serviço da companhia.
Outra cláusula no contrato entre os órgãos é que caso falte água nas comunidades, a Copanor deverá comunicar imediatamente a população e fazer o abastecimento por meio de caminhão pipa.
“Foi negada essa informação a população de Itinga. Muitas famílias recebem os benefícios do governo na cidade e poderiam estar gozando de mais um. Foi graças a luta que fizemos que agora as pessoas de baixa renda não pagarão as taxas exorbitantes da Copanor”, comenta o militante.
