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Restaurante Irmã Zoé

Aumento da violência na zona rural assusta moradores de municípios em toda Minas Gerais

Morar na região rural não é mais garantia de tranquilidade e segurança. As propriedades isoladas que, geralmente, abrigam muitos veículos, como tratores e caminhões, e produtos de alto valor, como defensivos agrícolas, atraem a ação de bandidos. Porém, nas regiões onde vivem famílias pobres também estão afetadas pelo aumento da violência. Os assaltos são constantes e as pessoas já não podem mais viverem em paz como antigamente viviam.

Os vales do Mucuri e Jequitinhonha vivem uma verdadeira lástima dessa violência rural. Constantemente vemos e ouvimos de assaltos e mortes ocorridos nos pequenos sítios. Caso de violência tem aos montes. Tanto em Teófilo Otoni, quanto nos demais municípios da região, Poté, Ladainha, Malacacheta, Itambacuri, Novo Oriente de Minas, Caraí, Itaipé, Novo Cruzeiro, Águas Formosas, Catuji e outros, a violência é a mesma.

Assaltos e arrombamentos são cada vez mais frequentes em fazendas mineiras, principalmente, com a alta dos preços do café e do feijão. Além de levar toda a produção agrícola, quadrilhas especializadas estão fazendo famílias inteiras reféns e muitas são vítimas de violência física, o que está gerando um clima de terror entre quem vive ou trabalha em propriedades rurais.

Há registro de ocorrências de toda ordem: de roubo de galinhas a assassinatos brutais. Assaltos a idosos então virou acontecimento quase diário.Geralmente os crimes são cometidos por grupos, bem armados e preparados para transportar veículos e grandes quantidades de produtos e outras vezes por bandidos isolados da própria região.

As vitimas aos poucos vão perdendo a ilusão da tranquilidade na roça. Os bandidos levam de tudo. Da televisão a qualquer outro objeto que guarnecem a casa, além da eterna busca por dinheiro guardado em casa. Nos casos de grupos de bandidos invadem as propriedades maiores em busca de equipamentos, maquinas agrícolas, tratores etc…

A roça é normalmente um lugar em que as pessoas sempre pensam para viverem em paz e tranquilidade, mas hoje se você não trancar portas, colocar sensor de alarme, mais um cão solto, será assaltada com certeza sem direito a defesa.

A Secretaria Estadual de Segurança Pública vem afirmando que a segurança é feita pela policia e que os trabalhadores rurais podem ficar tranquilos.

Ora. Como ficarem tranquilos? O ladrão chega à casa do trabalhador rural pela madrugada, a quem o dono da casa vai chamar? A polícia?  Não tem telefone fixo na maioria dos lugares, celular não tem sinal. A quem chamar? E se conseguir chamar a policia, até a viatura chegar lá na região rural o ladrão já roubou, fez o que quis e o trabalhador rural, simplesmente, não tem defesa.

Fala-se muito em policiamento preventivo, no entanto, a polícia está simplesmente desaparelhada pelo Estado que não investe. Em muitos casos a polícia precisa mendigar gasolina nas prefeituras para continuar fazendo seu papel de policia.

Criar delegacias rurais na região dos Vales para cuidar especificamente de crimes cometidos em áreas rurais seria uma alternativa interessante. As delegacias estão acumuladas com os problemas urbanos, principalmente, com os crimes envolvidos com droga.

A solução sem dúvida é criar as delegacias rurais e armar o trabalhador rural. Permitir que o trabalhador rural possua em sua casa uma arma para se defender e defender sua família. Chega de violência no campo contra trabalhadores rurais desarmados.

 

João Domingos é advogado pós-graduado em Direito Ambiental, Docência do Ensino Superior, vereador em Ladainha, escritor e diretor executivo de futebol do Santo Antônio de Teófilo Otoni

 

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