Projeto de lei propõe fidelização dos Correios para executar entregas e operações logísticas do governo. Com a medida, estatal ampliaria receita em pelo menos R$ 20 bilhões
DA REDAÇÃO – O projeto de lei que garantirá maior lucratividade aos Correios foi aprovado nesta quarta-feira (7) na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados. A proposta (PL 7638/2017), de co-autoria do deputado federal Leonardo Monteiro (PT/MG), propõe a fidelização da estatal para executar as entregas e operações logísticas.
do governo. Com a medida, nas estimativas menos otimistas, teríamos a garantia de receita de pelo menos R$ 20 bilhões se o Legislativo e Judiciário, Autarquias, Fundações, Empresas Públicas e de Economia Mista utilizassem os serviços da empresa, valor superior a receita anual dos Correios estimada em cerca de R$ 17 bilhões.
Hoje em dia, muitos órgãos abrem processos de licitação para a escolha da empresa que ficará responsável pelo transporte e logística. Porém, além de ser mais caro para o país, muitas empresas privadas não conseguem atender os municípios brasileiros de difícil acesso. “A proposta é essencial para melhorar os serviços públicos e para termos mais eficiência e economia. Vai contra a soberania nacional vermos órgãos públicos abrindo licitação para empresas privadas realizarem seus serviços de logística, enquanto temos uma estatal que faz esse serviço”, criticou o parlamentar mineiro.
Os Correios são hoje a única instituição pública capaz de atender todo o território nacional. Além disso, o projeto ajuda na recuperação financeira dos Correios que passa por graves problemas de corte de gastos e corre o risco de fechar mais de 500 agências em todo Brasil e demitir mais de 5 mil funcionários. Agora, o projeto segue para aprovação na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP), onde o deputado federal Leonardo Monteiro garantiu que mobilizará todos os esforços para a aprovação. “Vamos batalhar pela aprovação do projeto, garantindo a melhoria do serviço público e a defesa dos Correios e do emprego de milhares de brasileiros, hoje ameaçados por esse desgoverno que quer privatizar a estatal”.