TEÓFILO OTONI – Foi confirmado na ultima quinta-feira (10) mais um bloqueio na conta da Prefeitura, conforme já tinha previsto o prefeito Getúlio Neiva. O crédito do FPM de R$1.276.125,28 foi confiscado para pagamento de oito parcelamentos do SISPREV feitos no governo do PT, dívidas do INSS e também de precatórios vencidos, contraídos nos governos passados. De acordo com o Chefe do Executivo, “a situação está ficando crítica com esses bloqueios para pagar precatórios devidos pela Prefeitura, da ordem de R$ 10 milhões. Para quem não sabe, precatórios são dívidas da Prefeitura feitos pelos prefeitos no passado e que já esgotaram todas as possibilidades de recurso, podendo a justiça mandar bloquear e retirar da conta da prefeitura antes mesmo do valor ser creditado. No último dia 10 o saldo nessa conta, que deveria ser de 1,2 milhões de reais, foi zero”, salientou.
Prefeito negocia
O prefeito negociou o pagamento com um credor, a Casa Santo Antônio, que aceitou receber o terreno onde funcionava a ZPE pelo valor de R$ 11 milhões. O terreno seria transferido somente depois da autorização da Câmara Municipal. O projeto de Lei já está com os vereadores, porém segundo a administração municipal, “o vereador Daniel Sucupira (PT) criou um verdadeiro ‘circo’, enchendo o plenário de militantes do seu partido, para tentar intimidar os demais vereadores a votar contra a negociação. Interessante é que a maior parte da divida foi criada no governo do seu partido, o PT”.
De acordo com o prefeito Getúlio Neiva, para a Prefeitura seria um grande negócio, porque quitaria uma divida de R$ 11,2 milhões.
“Por que o vereador não se preocupa com os imóveis que o Governo Federal está vendendo para sair da crise? Porque lá pode e aqui não?”
Nada a ver com “ZPE”
De acordo com o prefeito Getúlio Neiva, o imóvel é da Prefeitura e não da ZPE, que é uma empresa da qual a Prefeitura tem o controle acionário, adquirida para que a cidade não perca a entidade, que é uma possibilidade futura de industrialização do município. Para tanto a Prefeitura adquiriu um terreno de 1 milhão de metros quadrados, metade para implantação do distrito Industrial outra metade para a ZPE. O terreno da antiga ZPE tem apenas 30 mil metros quadrados e não cabe nem a ZPE nem o Distrito Industrial.
“Percebemos que algumas pessoas querem politizar o assunto com a falsa bandeira de não aceitar a venda do patrimônio público. Isso aconteceu na Petrobrás, com o PT brigando contra a venda de alguns imóveis daquela empresa, que foi saqueada por membros do Partido dos Trabalhadores”, finalizou.
