Sísifos é o 17º espetáculo da Companhia Candongas e conta com dramaturgia própria a partir de pesquisa do Teatro do Absurdo |
TEÓFILO OTONI – Nos dias 15 e 16 de setembro, sexta e sábado, a Companhia Candongas apresenta o espetáculo Sísifos no Instituto Cultural In-Cena, a partir das 20h. O espetáculo, realizado com recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, conta com patrocínio da Cemig e do Governo de Minas Gerais e tem dramaturgia elaborada por Guilherme Théo e Gustavo Bartolozzi, a partir da pesquisa realizada sobre o Teatro do Absurdo. A direção é assinada por Cláudia Henrique, também integrante do grupo, e o elenco é formado por Antônio Rodrigues e Gustavo Bartolozzi.
Com este novo espetáculo, o grupo amplia seu campo de estudos e conclui uma pesquisa de cinco anos sobre o universo do Teatro do Absurdo, na qual mergulhou no estilo dramatúrgico de seus autores mais expoentes, como Samuel Beckett, Eugene Ionesco, entre outros. No processo de desenvolvimento dramatúrgico, a montagem encontra ponto de interseção nas obras “O Mito de Sísifo”, do ï¬ lósofo francês Albert Camus, e no “Mito da Caverna”, de Platão, além do livro “1984”, de George Orwell. A questão principal da montagem é trazer ao público a possibilidade de refletir sobre sua condição humana e social, sua presença no seu meio, seu papel de cidadão e sua busca pela felicidade. O ponto de partida da dramaturgia é o paralelo entre a relação “vida x trabalho”, que estabelecemos no mundo contemporâneo, e o imaginário em torno de Sísifo, personagem da mitologia grega que, por enganar os deuses, é castigado com o trabalho eterno e repetitivo de carregar um rochedo até o cume de uma montanha. Segundo Albert Camus, Sísifo é, por excelência, o personagem símbolo da sua “Filosofia do absurdo”: o do homem em busca de sentido, unidade e clareza no rosto de um mundo ininteligível desprovido de Deus e eternidade. Em cena, dois personagens refletem sobre sua relação com o poder e a felicidade, enquanto trabalham carregando suas pedras diárias. A equipe do espetáculo é composta por parceiros da Companhia Candongas de outros trabalhos. A direção estética é assinada pelo artista plástico Marcelo Xavier. O cenário, figurinos e adereços foram confeccionados por Adriano Borges. Fernando Muzzi é o criador da ambientação sonora e da trilha original do espetáculo. Felipe Cosse e Juliano Coelho conceberam a iluminação, que dialoga com a coloração dos objetos de cena. O espetáculo conta com o apoio do Sindieletro, Maria Flor, Crepúsculo, Asa de Papel, Papo Café, Rua das Flores, A Praça é Nossa Chico’s Bar, UFVJM, Instituto In-Cena e Pessoa.Agência de Relações Públicas. Sobre a Cia. Candongas Desde sua fundação em 1994, a Companhia Candongas dedica-se a estudar o teatro em suas múltiplas formas e manifestações. Seu principal objetivo é utilizar as artes cênicas como uma forma de expressão da cultura e do imaginário coletivo do homem, valorizando a cultura popular, em especial, a brasileira. Seus trabalhos trazem a forte marca de um teatro aberto, que busca um contato mais intenso com os espectadores.
Ficha Técnica:
“Sísifos” – espetáculo da Companhia Candongas Dramaturgia – Guilherme Théo e Gustavo Bartolozzi Direção – Cláudia Henrique Elenco – Antônio Rodrigues e Gustavo Bartolozzi Cenário, figurino e adereços – Marcelo Xavier e Adriano Borges Preparação Corporal – Marcos Miranda Preparação técnica-vocal – Gustavo Bartolozzi Direção Estética – Marcelo Xavier Ambientação Sonora e Trilha Original – Fernando Muzzi Gravação, Edição e Masterização – Estúdio Sérgio Moreira Iluminação – Felipe Cosse e Juliano Coelho Técnico de Som e Luz – Cleverson Eduardo Produção Executiva – Débora Silva Fotografia – Elmo Gomes e Aline Teixeira Comunicação – Pessoa. Agência de Relações Públicas Coordenação Administrativa – Cláudia Henrique Coordenação de Produção e Comunicação – Gustavo Bartolozzi Secretária Administrativa – Nilza Zanadreis Consultoria de Gestão e Planejamento – Rômulo Avelar e Marcio Rimet Realização – Cia Candongas e Outras Firulas Patrocínio – Cemig. Através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura |