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Restaurante Irmã Zoé

Cracolândia em Teó? Relatos de uso de drogas dia e noite, sexo e marginalização em ponto central da cidade

“Infelizmente o lugar ali está triste. Os caras estão fazendo uso de droga, tomam muita cachaça e ficam lá caído. Tá virando uma Cracolândia aquilo lá”, disse ao @jornaldiarioteo o autor das filmagens, que pediu sigilo do nome.

Trata-se de um morador local, que tomou a iniciativa junto a outros habitantes da rua Victor Renault, bairro Marajoara.

O local filmado é o início da via, entre as ruas Dr. José Carlos (subindo para o Morro do Cemitério) e no lado oposto a movimentada Engenheiro Argolo, onde o grupo de pessoas em situação de rua também se aloja nas calçadas.

Moradora de um apartamento na Victor Renault, uma mulher diz que da janela do seu quarto é fácil visualizar usuários de drogas.

“Usam qualquer hora. Não tem essa de dia ou noite. Pegam lata, cachimbo, e ficam ali fumando. Tem hora que brigam. Mas isso é mais quando bebem, e toda hora bebem. Evito ao máximo de passar por ali. Nunca mexeram comigo, mas tenho receio”, disse ela.

A área ocupada pelos populares em situação de rua tem algumas barracas de lona, e muito lixo. “Eles costumam dormir por ali e ficar pedindo dinheiro e comida na área central. Infelizmente até a comida que ganham trocam em droga. O crack tá matando eles. E o trecho fede. Tenho pena, mas, fazer o que?”, indagou outro denunciante.

O Diário tentou conversar com alguém da Secretaria de Ação Social, mas por ser sábado e devido o horário ficou inviável. Uma pessoa que já atuou no Centro Pop, que trabalha com pessoas em situação de rua, disse em off, que é uma situação muito complicada.

“Você sabia que grande parte deles tem casa? E que eles preferem morar na rua? Tem uns que tem até condições razoáveis de vida. Outros não, são abandonados mesmo, mas não aceitam ficar abrigados. Outros ficam de cidade em cidade. E é aí que está o problema. O poder público não pode forçar. A questão é o vício em álcool ou drogas, problemas psiquiátricos, que levam eles a ser assim. As famílias sofrem, muitas vezes sem condições de agir, de arcar com uma internação. Muitos não tem documentos. Não há uma política pública definida, se houvesse não haveria Cracolândia em São Paulo, por exemplo”, explicou a entrevistada.

 

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