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Restaurante Irmã Zoé

CRÔNICAS DO LOBO

Ano novo ou ano velho?

Sebastião Lobo (Almenara-MG)

Aí é que está o problema. Pelo visto o ano que se anuncia, na verdade não terá nada de novo. Será simplesmente uma repetição que se finda. As perspectivas são as piores possíveis para 2016, infelizmente.

Não se trata aqui de pessimismo, trata-se de uma realidade nua e crua. Os indicadores econômicos sinalizam que quem tiver esperando moleza pode tirar o cavalinho da chuva. Ou melhor, do sol, já que chuva é uma raridade.

Esperar o quê, a curto prazo de um país dilacerado pela corrupção e maus gestores?

Todavia não se deve cruzar os braços diante de horizontes tão sombrios. Afinal esta não é a primeira vez que o Brasil atravessa uma crise tão avassaladora. Já houve outras iguais ou piores. E todas com muito sacrifício e lutas foram debeladas.

Problemas existem para serem resolvidos. Contudo o afastamento e a punição exemplar de quem aprontou esta bagunça toda é de suma necessidade. Quem pôs fogo no circo que o apague. Ou pague por isso.

Todos de boa memória ainda se lembram da inflação estratosférica quando o ex-presidente Fernando Henrique assumiu o poder. O cruzeiro não valia nada e o dólar imperava com força total. Antes havia uma sucessão de planos fracassados, no governo do ex-presidente Sarney de péssima lembrança. Cada um era pior do que o outro, levando muita gente até ao suicídio, tamanha fora a enganação.

Pois bem. Vale, a propósito, recordar que além de resgatar o valor da moeda nacional e debelar uma inflação galopante, o primeiro mandato de Fernando Henrique foi primoroso até que ele se perdeu completamente na última metade do segundo, cedendo espaço para o ex-presidente Lula, atualmente envolvido na onda gigantesca de escândalos que está tirando o fôlego e pondo fogo na paciência dos brasileiros. Todavia, apesar dos pesares, com o expurgo dos maus elementos que levaram o Brasil a esta situação tão constrangedora e inquietante, a travessia amarga pode sim, ser superada, sem o côro de lamentações e abatimento próprios dos incrédulos, que se vai superar uma fase tão difícil como esta.

É de bom alvitre fazer com que o dilúvio de mensagens de ano novo com troca de felicitações não fique apenas nos belos cartões ilustrados reciprocamente trocados. Puro formalismo protagonizado por uma data que atravessa os séculos e se renova a cada ano. Mas que estas felicitações possam de fato serem transformadas em realidade com a busca constante da felicidade tão esperada, por quem realmente a deseja e pela qual tanto luta.

Ano novo repleto de venturas? Pois sim. Não se mexa e fique esquentando lugar, madornando que verá o que é bom pra tosse. O que está ruim com certeza pode ficar pior, insuportável!

Que neste alvorecer de 2016 se possa vislumbrar a bonança tão sonhada e que a tão chocante realidade atual não ofusque o sagrado direito de sonhar e de ser feliz.

Ora, afinal “a Fé não remove montanha”?

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