DA REDAÇÃO – Mais de 400 prefeitos eleitos em Minas Gerais tiveram a oportunidade de conhecer a estrutura, funcionamento e os números da Assistência Social no estado, durante workshop sobre o tema no VI Congresso Mineiro de Prefeitos Eleitos, realizado pela Associação Mineira de Municípios (AMM), que acontece nesta quarta (9) e quinta-feira (10), em Belo Horizonte.
“Em agosto, os repasses feitos pela Assistência Social para as famílias que moram em seus municípios somaram R$ 565 milhões, o equivalente a 85% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que foi de R$ 665 milhões. O Suas cuida e protege as famílias mais pobres em suas cidades, por isso é absolutamente importante para o Brasil e merece dos senhores todo o respeito e dedicação”, afirmou a subsecretária de Assistência Social da Sedese, Simone Albuquerque, que fez a primeira apresentação do dia após a abertura do evento.
Simone Albuquerque alertou para os números do Programa Bolsa Família, que retirou 35 milhões de pessoas da extrema pobreza e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) retirando, segundo a subsecretária, 21,9 milhões de pessoas em situação de pobreza. “Apenas dois por cento dos idosos pobres no Brasil ainda não tem cobertura de renda”, ponderou.
Em defesa da Assistência Social
“Estou satisfeito de ver uma pessoa qualificada na área como a Simone Albuquerque, mostra um compromisso da equipe do governador Fernando Pimentel. Com certeza, a Assistência Social será prioridade no meu mandato, precisamos fortalecer os Centros de Referência de Assistência Social (Cras), que tem grande importância no município”, avaliou o prefeito Jerônimo Santos Neto, de Comendador Gomes no território Triângulo Sul.
Roberta Aguiar, Assistente Social do município de Lajinha, território Caparaó, na divisa com o Espírito Santo, também chama a atenção para a defesa do Suas. “Achei excelente a colocação da subsecretária, nós como assistentes sociais lutamos por um espaço fora do assistencialismo e espero que os prefeitos dêem mais atenção para esta área”.
Desafios da nova gestão
Na abertura oficial do congresso o presidente da AMM, Antônio Andrada, ressaltou os desafios que os novos prefeitos vão enfrentar com as mudanças políticas e econômicas do país. “Muita coisa mudou nos últimos quatro anos, portanto é preciso estarmos antenados neste momento para não sermos surpreendidos”, salientou.
Dados da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) apontam que 81,1% dos municípios estão em déficit. Em Minas Gerais, 649 municípios terão novos prefeitos a partir de 1º de janeiro, 37% vão assumir o cargo pela primeira vez.
O congresso é considerado um verdadeiro curso para os prefeitos eleitos. Além da Assistência Social, foram apresentados temas como educação básica, administração, jurisprudência, comunicação, saúde e economia.
O segundo dia de atividades nesta quinta-feira (10) vai contar com seis palestras, com duração de uma hora cada. A palestra magna está prevista para as 9h com o tema “O Cenário Econômico e o Futuro da Gestão Municipal”, com o conferencista George Vidor.
