É chegada a última semana do processo eleitoral, no 1º turno, e haverá chuva de textão. E eu não poderia ficar de fora.
Há 04 anos, em 2014, lembro-me de como “liguei o sinal de alerta” e passei a me dedicar mais propriamente à militância política.
Naquela época, eu já acompanhava muitos políticos e muito debates, havia sido Presidente de Diretório Acadêmico e minha iniciação científica tinha os dois pés na política: estudei o Direito à memória e à verdade, a partir de Amaury, guerrilheiro morto no Araguaia.
Mas voltemos àquele pleito.
Ali, estava em jogo a continuação do primeiro Governo Dilma.
Para nós, mineiros, o adversário ajudou muito na hora da escolha: todos conhecíamos o “Mineirinho”, sua fama de mimado, seus devaneios megalomaníacos e a censura imposta aos órgãos de imprensa das alterosas.
Tudo isso pode ser resumido na portentosa construção da Cidade Administrativa. E seus resultado já estão por aí.
Enfim, percebi que, enquanto mineiro, não poderia fugir à luta e “deixar” que Ah, é sim! se tornasse Presidente, já que ele não tem, nem de longe, a história do seu avô (que deve se revirar no túmulo, hoje em dia).
Aos poucos, me aproximei do Partido dos Trabalhadores, em virtude de várias referências, e passei a conhecer gente que teve a vida mudada com os Governos Lula e Dilma.
E esse é um dado fundamental para sua formação política: ter contato com o povo, com gente de verdade, que leva esse país nas costas.
É desnecessário dizer, mas nunca demais: nasci em uma família que me garantiu TODAS as oportunidades, integro uma camada mínima da sociedade e fui/sou construído à base de todos os privilégios possíveis e imagináveis.
E essa percepção é outro ponto crucial para se perceber que não se pode adotar, em especial num país feito o Brasil, um modelo político e econômico que prescinda os pobres.
Ao conhecer os programas sociais, ao ouvir depoimentos, ao presenciar a alegria de milhões de famílias que viram seus filhos com diploma, não é possível ficar indiferente ao Partido e aos Governos que fizeram essa verdadeira revolução no país.
Revolução silenciosa, é verdade, mas que incomoda demais.
Portanto, seja pela história de parte de minha família, que sofreu na pele o horror da ditadura empresarial-militar.
Seja em razão da minha raiz no Vale do Mucuri, região de extrema pobreza, cujos habitantes foram MUITO beneficiados com os programas de dignidade;
Seja pelo compromisso que fiz, enquanto Advogado, de honrar a Constituição, promover a justiça e a democracia, com estrito respeito aos direitos humanos;
Seja em razão do meu cristianismo, que me ensinou a amar, respeitar e garantir o livre desenvolvimento das pessoas.
É que declaro meu voto em Fernando Haddad 13, Ministro da Educação que trouxe esperança de uma vida melhor a milhões de pessoas no Brasil; democratizou o acesso aos bancos de faculdade e coloriu de diversidade o ensino superior.
Não adianta uma academia para poucos, que seja indiferente ao mundo que a cerca e que não promova alteração no status quo.
No próximo domingo, vamos barrar o fascismo, fazer o Brasil voltar a sorrir de novo, com diálogo, desenvolvimento inclusivo e esperança.
João Gabriel é advogado, mestre em Direito e procurador jurídico do CISNORJE/SAMU