Preocupação com as áreas de risco e comunidades mais vulneráveis emite alerta entre as autoridades e instituições de defesa social
A coordenadoria Municipal da Defesa Civil promoveu na manhã do último domingo, (11), um encontro com aproximadamente 30 líderes comunitários no intuito de mobilizar a participação popular na prevenção a desastres e situações de calamidade no período chuvoso. A reunião aconteceu na Casa dos Movimentos Populares no Bairro Veneta, região central da cidade.
Além dos líderes comunitários, estiveram presentes no evento o secretário municipal de Governo, Pio de Castro; secretário municipal de Serviços Urbanos, Rubens Miranda; a vereadora, Tina (PT); o coordenador regional da Defesa Civil, sub-tenente José Raimundo Nascimento e a coordenadora municipal da Defesa Civil, Bruna Butilheiro Braga
A coordenadora municipal da Defesa Civil, Bruna Butilheiro, falou que o objetivo do órgão é identificar as áreas no município que possam acontecer desastres e prevenir, amenizar e preparar a população. “Com o início do período de chuvas aumenta os riscos de inundação, desabamentos de casas e deslizamentos de terra. Existem sinais claros para identificar e evitar as grandes tragédias. Postes, cercas e árvores que começam a inclinar, mostram que o terreno está se movendo. Trincas nas paredes ou no chão e degraus, junto aos barrancos são sinais de alerta”, explicou Bruna.
Outra grande preocupação são as construções em áreas de risco. De acordo com a Defesa Civil essas regiões geralmente são áreas expostas a desastres naturais, como desabamentos e inundações que são chamadas áreas de risco. “Essas regiões vêm crescendo constantemente nos últimos dez anos, principalmente devido à própria ação humana. As principais áreas suscetíveis são aquelas sob encostas de morros inclinados ou à beira de rios”, concluiu a coordenadora.
O sub-tenente José Raimundo Nascimento, Coordenador Regional da Defesa Civil, disse que tem acompanhado a coordenação municipal e ações de prevenção feitas pelo município. “A situação de Teófilo Otoni diante destas primeiras chuvas foi tranquila. A limpeza do Rio Todos os Santos ajudou muito, assim como o Córrego Santo Antônio. No mais, informar as pessoas quanto aos cortes de barrancos no alto dos morros, que com certeza, vindo a chuva, a tendência é descer lama e causar transtornos. Pedimos também à população quanto ao lixo que tampa os bueiros: não joguem nada nos rios. Vimos na limpeza que foram tirados fogões, sofás, e tudo isso contribui para o acumulo de águas e inundações durante as fortes chuvas” ressaltou o Sub-Tenente.
O presidente da Associação dos Moradores do Bairro Palmeiras, Edmilson Moreira, disse que foi muito louvável a iniciativa por parte da coordenadoria da defesa civil. “Nós estamos no dia a dia nos bairros, acompanhando os problemas de perto e no momento das chuvas sabemos qual rua pode ter mais problemas”, destacou Edmilson.
Como prevenir-se das chuvas nas áreas de risco:
- Evitar os cortes verticais de terrenos;
- Evitar a plantação de bananeiras, que é uma planta pesada e de raiz superficial nas encostas, dando preferência às plantas mais leves e de raízes profundas, como o bambu;
- Não jogar lixo nas encostas, córregos e bocas-de-lobo;
- Construir calhas nos telhados, conservando-os limpos;
- Construir canaletas no chão para direcionar a água;
- Manter limpos os ralos, esgotos, galerias, valas, etc.;
- Não construir moradias às margens de cursos d’água, sobre aterros ou próximos de brejos;
- Construir a casa sempre em nível mais elevado que o curso d’água mais próximo;
- Observar se as árvores estão ficando inclinadas, se há trincas novas nas paredes das casas ou no chão e se há movimentação do terreno;