Está no IML de Teófilo Otoni para exame de necropsia na manhã deste domingo o corpo de Osmar Pinheiro Ramos Neto, 35 anos, após falecer entre a noite de ontem (02) e o início desta madrugada (03) na UPA da cidade – a hora exata não foi determinada ao jornal, mas aconteceu entre este espaço de tempo.
Osmar estava detido no presídio de Teófilo Otoni desde o dia 18 de novembro, quando foi preso pela Polícia Civil com uma pistola adulterada calibre 9mm, jogando bola em um campo na Vila Barreiros. Ele cumpria prisão domiciliar por tráfico de drogas, e além de não poder estar naquele horário na rua (foi pego a noite), estava portando uma arma de fogo.
Levado para o presídio foi transferido ontem para a UPA da cidade machucado. O @jornaldiarioteo tentou averiguar as condições em que o preso saiu da unidade prisional e chegou na Unidade de Pronto Atendimento, mas nenhuma das duas instituições revelou seu quadro clínico.
Vida pregressa
Em conversa em off com alguns policiais penais foi dito que Osmar era uma espécie de autônomo no mundo do crime em Teófilo Otoni, “o que é uma sentença de morte na cidade, ficar sem proteção, visto que os integrantes de facções por si só já morrem em confronto”.
A cidade está dividida em dois lados, o Eucalipto e seus aliados, subordinados ao PCC, e a outra parte da cidade, alinhada ao Comando Vermelho. “Osmar agia sozinho. Até armas vendia”, disse a fonte penitenciária.
Quando foi preso no dia 18 de novembro no campo da Vila São João, o inspetor da PC, Fabrício, disse em entrevista à imprensa local que Osmar alegou que a pistola e a farta munição eram para sua proteção individual.
Osmar Pinheiro também tinha um espaço de festas na zona sul da cidade, que ele alugava para eventos.
Ele deixa esposa e uma filha.
A causa da morte está sob investigação.