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DIÁRIO inicia série de entrevistas com pré-candidatos a prefeito de Teófilo Otoni com Paulo Henrique Coimbra

TEÓFILO OTONI – Paulo Henrique Coimbra é empresário e gestor público, formado em administração de empresas com várias especializações na área. Aos 36 anos de idade já administrou diversas instituições, entre privadas e públicas. Desde os 16 atua na administração das empresas da família. Casado com Laryssa é pai de Helena, recém nascida de um mês de vida que pouco sai do seu colo, Paulo Henrique é pré-candidato a prefeito pelo Partido Libera (antigo PR, legenda de número 22). Entre suas principais experiências profissionais, exerceu o cargo de secretário executivo do Consórcio Intermunicipal de Saúde dos Vales do Mucuri e Jequitinhonha (CIS-EVMJ, antigo Centro Viva Vida, no bairro São Jacinto), órgão responsável pelo atendimento em saúde de mais de 30 municípios do Nordeste de Minas Gerais, englobando uma população atendida superior a um milhão de habitantes. Em sua primeira [e única] candidatura a um cargo público, obteve surpreendentes 11.440 votos, 17,20% dos sufrágios válidos das eleições para prefeito em 2016. Para 2020 ele aposta no crescimento de seu ideal político e de trabalho junto à população, calcada na transparência, seriedade e planejamento. Confira a íntegra da primeira de uma série de entrevistas com pretensos candidatos a prefeito de Teófilo Otoni para o pleito que se aproxima.

 

DIÁRIO: Paulo Henrique Coimbra, o senhor é pré-candidato a prefeito de Teófilo Otoni?

 

PAULO HENRIQUE: Está muito chato esse assunto de pré-candidatura. Antigamente ou você era ou você não era. Posso dizer que estamos ouvindo a população, conversando com as pessoas, e visitando as nossas bases. Percebemos que tem surgido, por parte da sociedade teófilo-otonense, conselhos para mantermos o trabalho bonito que foi realizado em 2016. Isso nos motiva, nos enobrece e nos enaltece. Demonstra que fizemos um trabalho muito bem feito. Nos alegra saber que trabalhamos com um ideal, com um projeto político de desenvolvimento para a cidade, visando empregabilidade, melhorias para a saúde e a educação, e para vários outros segmentos. Isso nos motiva  e mostra que estamos no caminho certo. A minha vontade é a vontade da população de Teófilo Otoni.

 

Teófilo Otoni é uma cidade com muitos projetos de poder, de famílias que querem o poder pela tradição. A família Coimbra é tradicional e está há décadas no meio político local. A pré-candidatura de Paulo Henrique é um projeto próprio de família ou é um projeto para Teófilo Otoni?

 

Nossa última candidatura foi construída por várias mãos. Não surgiu da minha família, surgiu de um entendimento de que o processo político que aqui estava era viciado, cheio de erros, cheio de falhas e que precisava ter uma visão mais técnica. Por isso, fomos incentivados a lançar o nosso nome como candidato. E quebrando exatamente isso que você discute na pergunta, que é o tradicionalismo. Viemos romper essa barreira e fico muito feliz em ter feito isso, de uma maneira muito vitoriosa. Nesse sentido, estamos abrindo um leque para que as opiniões, as ideias, uma nova roupagem no quesito do idealismo político possa surgir em Teófilo Otoni. Isso nos deixa muito feliz e tranqüilos, porque é um projeto de todos. Não é um projeto da minha família, não é um projeto exclusivo de tal ala, tal segmento. Acredito que a política tem uma visão enraizada. Ela é a mesma, porém as ideias na política é que são diferentes. Então, entendo que esse é o enredo que tem que ser seguido, o da nova forma de se fazer política.

 

Como discutido nessa entrevista, o senhor tem sua linha de trabalho, sua linha política. Mas, Teófilo Otoni tem várias linhas ideológicas. Caso eleito, o senhor trabalharia para agregar essas linhas ou para que todos entrassem na sua linha? Como funcionaria essa articulação? Teria uma articulação?

 

Com certeza. Você só vai conseguir mudar a história da sua cidade, da sua região, quando construí-la com várias mãos. Esse é o pensamento. Existem boas ideias na esquerda, na direita, e também no que se chama de centro. Na minha visão de gestor, o correto é extrair o que de melhor existe nas pessoas, e colocar isso em favor de um projeto positivo para Teófilo Otoni. Se nós conseguirmos alcançar esse objetivo e sairmos vitoriosos nas eleições de 2020, chegaremos com o propósito de enxergar uma cidade construída por várias mãos, com as melhores mãos. Por que assim teremos  credibilidade e a esperança de dias melhores, que é o que nós infelizmente estamos perdendo.

 

Estamos em um momento de articulações, de discussões políticas, dos grupos se reunindo. Tem-se que Paulo Henrique Coimbra é um nome para pré-candidato a cabeça de chapa. Há alguma possibilidade de composição e, dentro dessa composição, o senhor vir a ser vice de alguma coligação?

 

Tudo é construção. Não podemos neste momento afirmar em nenhum quesito que sim ou que não, posso ou não posso. Isso é uma construção. Como bem disse, tem de ser a várias mãos. Tudo é conversado e construído. Se for para um melhor idealismo para Teófilo Otoni, por que não? Eu, Paulo Henrique, tenho conversado com todas as vertentes e pessoas. Infelizmente, vejo muitos dizendo que o correto é seguir a linha direita contra esquerda. Esse modelo, para mim, já está defasado. Acredito que as ideias têm que sobressair. O povo busca ideias, alguém técnico, que resolva os seus dilemas. O problema do emprego, da geração de renda, soluções para uma educação melhor para nossos filhos, para a saúde, a mobilidade, o calçamento das ruas, da infra-estrutura de um bairro. Vejo que esse é o caminho, um caminho que passa pelo desenvolvimento progressista para Teófilo Otoni.

 

Em termos de plataforma de trabalho e gestão, das administrações que já existiram até hoje em T. Otoni, qual seria o diferencial de Paulo Henrique Coimbra?

 

O primeiro quesito é a transparência. Em uma segunda etapa podemos trabalhar a seriedade e o compromisso com o desenvolvimento. Essas temáticas constroem um governo melhor. É informar a população como os recursos estão sendo utilizado, e de que forma. O porquê daquela rua ser calçada primeiro que a outra. É colocar a transparência, a seriedade e o compromisso alicerçados por um planejamento. Estamos tendo ao longo dos últimos anos, gestores públicos municipais que nunca pensaram de maneira planejada. Eles primeiro querem vencer as eleições para depois ver o que vão fazer. Esse é o grande erro da nossa política. Nós temos que planejar Teófilo Otoni para os primeiros 30 dias, como também para os próximos 30 anos. É aí que começamos a quebrar essa roda falimentar que está Teófilo Otoni hoje. Uma cidade sem expectativa, perdendo todas as suas benesses. Fecha o SESC, perde frigorífico. Não estamos planejando a nossa cidade. Devemos criar um planejamento estratégico, uma visão de futuro a curto, médio e longo prazo. Assim conseguiremos transformar Teófilo Otoni. Se falarmos em comprometimento, o que podemos fazer é nos comprometer com a transparência, com a seriedade, em fazer as coisas dentro do limite que a administração pública autoriza, e entender que o papel do gestor público é fazer aquilo que o povo quer, e não aquilo que você pensa ser o certo, porque desse modo você está fadado ao fracasso.

 

As pessoas sempre procuram em um candidato as experiências administrativas dele. O senhor nunca exerceu um cargo político. Nesse sentido, o senhor está preparado para administrar uma cidade do porte de Teófilo Otoni?

 

Graças a Deus Essas situações não me assustam. Nunca sentamos em uma cadeira política, mas já administramos em muito a coisa pública, e também a privada. Já tive empresa com três funcionários, como também com 750 funcionários. Portanto, sabemos lidar com a gestão, que é o principal. Em um processo administrativo lidamos com pessoas, números e, principalmente, com planejamento. Isso nós sabemos fazer e fazer bem, porque estudamos e nos preparamos para isso. Venho ao longo da nossa vida, desde os meus 16 anos, administrando situações, ora muito boas ora muito ruins. Fator este normal na vida de qualquer empresário, por exemplo, desde o micro ao grande empresário. Posso garantir que a gestão não muda, pois ela passa por pessoas, pela parte financeira e pelo planejamento, ponto no qual entendemos que as coisas podem seguir da melhor maneira possível. Com planejamento, com estrutura técnica, visando sempre o futuro e olhando os erros do passado, podemos seguir melhor para frente.

 

Para finalizar, enquanto cidadão, enquanto pretenso candidato a prefeito, qual o seu sonho para Teófilo Otoni?

 

Eu sonho em ver Teófilo Otoni como uma cidade estruturada. Onde as pessoas tenham a tranqüilidade de seguir a vida, com o seu emprego, sua renda, uma saúde decente, uma cidade melhor para todos nós, para minha filha Helena. Quero construir uma Teófilo Otoni melhor para Helena, para os filhos dos meus amigos, para os filhos da minha cidade, da minha terra, um local onde nossa gente possa prosperar e se estruturar. Vejo Teófilo Otoni com grande chance de progresso, desde que possamos enxergar onde se encerra o ciclo vicioso das más gestões políticas e onde se inicia um ciclo de progresso e de visão de futuro. É aqui, é nesse ponto que conseguiremos esse primeiro passo. Levando a transparência e a seriedade para a nossa realidade. Demonstrar que não precisamos apenas sonhar com grandes indústrias e enxergar nossas outras e várias potencialidades. Podemos, por exemplo, investir nos pequenos pólos, potencializar os pequenos produtores rurais, dar a quem produz meios de escoamento. Com isso geramos empregos e renda, tanto na área urbana quanto nas comunidades rurais, com uma visão simples de contexto. Não precisamos reinventar a roda para obtermos o progresso. Desejo para Teófilo Otoni um sistema planejado. Para termos novamente a credibilidade que o município possuía há 50 anos, época em tudo primeiro vinha para cá e depois era remetido para Montes Claros e outras regiões. Nessa época tínhamos pessoas que planejavam uma cidade melhor e que corriam atrás desse sonho. Hoje, o que vemos é uma digladiação de pessoas com críticas puras, sem apontar direcionamentos. E aí você só está fadado ao fracasso. Teófilo Otoni precisa colocar um ponto final nas suas histórias de insucesso e enxergar um caminho vitorioso daqui para frente.

 

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