A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deu mais detalhes sobre o processo de concessão da BR-381, entre Belo Horizonte e Governador Valadares. Neste trecho da rodovia haverá a instalação de 5 praças de pedágios. As tarifas serão entre R$ 11 e R$ 14.
Representantes da ANTT participaram de uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A reunião teve a condução da Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas da ALMG.
A BR-381, conhecida como “Rodovia da Morte” por causa do alto índice de acidentes, é um foco de preocupação há décadas em Minas Gerais. O deputado estadual Celinho Sintrocel (PCdoB), autor da Audiência Pública, destacou que, apesar dos esforços desde 2003, pouco progresso de fato aconteceu. “Somente em 2023, foram 448 acidentes e 39 óbitos neste trecho. Pagamos pedágio com satisfação para ter segurança, preservação das vias e fluidez do tráfego”, destacou o deputado.
Pedágios e tarifas
De acordo com as informações da ANTT acontecerá a instalação de cinco praças de pedágio ao longo do trecho: em Caeté (Região Metropolitana de Belo Horizonte), João Monlevade (Região Central), Jaraguaçu, Belo Oriente e Governador Valadares. As tarifas serão entre R$ 11 e R$ 14, com descontos para usuários frequentes.
Então para entender melhor a questão dos valores vamos fazer uma rápida simulação. Se você planeja fazer alguma viagem de carro de Valadares até BH terá que desembolsar pelo menos R$ 62,89 no caminho de ida.
Conforme Marcelo Fonseca, superintendente da ANTT, a assinatura do contrato e o início dos trabalhos devem ocorrer no início do próximo ano. As intervenções para a recuperação da rodovia e os serviços periódicos de manutenção ocorrerão entre o terceiro e oitavo ano do contrato.
Detalhes
O edital de concessão teve a publicação em julho deste ano. O projeto prevê um contrato de 30 anos com investimentos em cerca de R$ 10 bilhões. Todavia o leilão para saber quem assumirá a concessão da rodovia acontecerá no mês de novembro, no dia 24.
O projeto inclui construção de passarelas e reassentamentos de famílias que vivem à margem da rodovia.
(Por Igor França – DRD)