A política de João Dória e seu padrinho político Geraldo Alckmin começa a mostrar o estilo devastador como enfrentam as minorias. A ação de demolir a Cracolândia demonstra que estão fazendo em São Paulo o que Hitler fez na Alemanha com a política de eliminação do que imaginava ser o pior da sociedade. Se a Cracolândia existe foi porque governos anteriores e burros deixaram existir e o próprio Geraldo Alckmin é culpado, pois está no governo de São Paulo fazendo hora extra há mais de 20 anos. Agora, do nada descobriu a Cracolândia. Esquecem, no entanto, que sobrevivem os marginalizados pela sociedade, sem oportunidades que, abandonados acabam buscando na droga um refúgio.
Não foi apresentado nenhum planejamento do que será feito no local dando sinais de que a especulação financeira vai rolar solta em breve.
No mais a humanidade deveria ser a mola mestre de qualquer governo constituído. Não dá mais, para, num Estado moderno, ou em tempos de modernidade, se conviver com governos que ao invés de dar apoio aos seus nacionais, preferem escorraça-los como se fossem lixo social. Se forem considerados lixos sociais foi o próprio governo quem criou ou deu causa para que chegassem a esse ponto.
Joao Doria é da elite paulista. Nunca conviveu com pobre, nunca passou fome, nunca sentiu frio, nunca conviveu nas ruas da cidade como pedinte ou drogado para saber o que fazer por essas pessoas.
Ser pobre não é defeito, ser drogado é doença, viver abandonado nunca foi opção escolhida. O indivíduo nasce pobre, entra para o mundo das drogas pelo descaso social na maioria das vezes e sobrevive-se pelas ruas abandonado por que não tem para onde ir. O desemprego, a falta de humanidade e as mazelas sociais provocam isto.
Agir de forma absoluta como se aquelas pessoas fosse lixo é o retrato do que Doria e Alckmin têm para apresentar ao Brasil. Doria é fruto do dinheiro, da televisão e do marketing.
A sorte do Brasil é que Dória é como a fumaça – vai se dissipar no ar mais rápido do que se imagina, não tem traquejo político e humanidade suficiente para fazer da política um instrumento para melhorar a vida das pessoas. Somente o marketing não é suficiente.
Dória é Aécio, é Alckmin, é Serra, é FHC, é Jereissati, é sinônimo de corrupção também igual aos outros partidos que estão embolados nessa roubalheira. Enfim, é PSDB e se o povo brasileiro tiver boa memória não permitirá a volta desses infelizes ao poder.
Dr. Joao Domingos é advogado pós-graduado em Direito Administrativo, Direito Ambiental, Docência do Ensino Superior, vereador em Ladainha e diretor executivo de futebol do Santo Antônio Esporte Clube