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Educadores participam de curso para compreender a dislexia na sala de aula

 

Objetivo do evento foi instrumentalizar os educadores com fundamentos práticos e teóricos para o exercício pedagógico, com vistas à alfabetização de alunos disléxicos

 

TEÓFILO OTONI – A Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia do município, por meio do Núcleo de Diversidade e Inclusão, realizou na sexta-feira, (29/09), no auditório do CAIC, um curso básico sobre Dislexia para educadores das redes municipal, estadual e particular de ensino. Ao todo 160 profissionais participaram do curso, em duas etapas, pela manhã e à tarde.

O curso foi ministrado pela psicopedagoga, Tânia Rodrigues Ferreira, que falou aos participantes sobre a formação e o desenvolvimento do sistema nervoso central, definição, sintomas e avaliação psicopedagógica. “Nós traçamos com esses profissionais a diferença do que é a dificuldade de aprendizagem, o que vem a ser o transtorno específico da linguagem e quais os prejuízos que isso causa. A dislexia é um transtorno especifico que trás também comprometimento na área da alfabetização, leitura e na escrita”, explicou Tânia.

Ainda de acordo com a psicopedagoga a escola hoje busca entender como lidar com essas especificidades que vão surgindo no meio da sala de aula e como o professor vai lidar com essas metodologias específicas. “O Comprometimento do disléxico está centrado na habilidade escolar relacionada à leitura e escrita. Quando isso tratado pela oralidade, com uma rota específica de alfabetização voltada para o fonológico ele é capaz de prosseguir normalmente até a faculdade. Ele tem a inteligência preservada, os aspectos sociais, emocionais, motores, tudo isso nele está preservado. Só a rota da linguagem especificamente mais voltada para a escrita  é que acontece a troca do b pelo d, por exemplo, b com d, ou mesmo escrevê-las na ordem inversa, por exemplo, “ovóv” para vovó. Então quando isso é tratado fonologicamente pela escola, ele consegue avançar e ter uma vida escolar normal, atingindo até a fase adulta nesse processo”, salientou Tânia.

O secretário municipal de Educação, Ciência e Tecnologia, Marcos Godinho, ressaltou a importância do curso para que os profissionais consigam em seu dia-a-dia, tratar os alunos de acordo com as necessidades que eles apresentarem. “Acredito que são ações que vêm ao encontro com nossa proposta de inclusão social. É possível com isto incrementar nosso sistema de ensino e, conseguintemente, melhorar nossos índices”, destacou o secretário.

Jeane Rodrigues Pinto é especialista em Atenção Básica da Escola Estadual Carlos Prates da cidade de Itambacuri. Ela disse que foi informada sobre o curso por meio da Superintendência Regional de Ensino. “Eu gostaria de agradecer e parabenizar a Secretaria Municipal de Educação por essa iniciativa. Hoje nós compreendemos que a dislexia e as desordens do déficit de atenção e hiperatividade não estão correlacionadas com problemas de desenvolvimento”, frisou Jeane.

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