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Eleições: lembre-se de quem apoiou o golpe

As eleições de outubro se aproximam e os eleitores devem estar atentos ao “lobos vestidos em pele de cordeiro”.

O Brasil vive sob um Estado de exceção, principalmente depois do golpe parlamentar que depôs a Presidenta, legitimamente eleita. Impeachment não é remédio para Governo ruim. Contra administrações ruins, a resposta tem que vir nas urnas.

O que se viu em 2016 foi um arranjo político, arquitetado por setores conservadores da sociedade e financiado por severos interesses econômicos. Tanto assim que, como “pagamento” do golpe, o Governo Temer passou a bancar uma série de medidas que prejudicam a população, ferindo direitos sociais conquistados com muita luta e sacrifício.

Exemplos disso são a Reforma Trabalhista e da Previdência. Esta última é uma necessidade premente. Isso não se nega. Contudo, a proposta que está em tramitação pune os mais pobres, limitando a assistência aos mais necessitados. Quantas são as cidades, em nossa região, cujas economias dependem do dinheiro que o Bolsa Família e os benefícios previdenciários injetam na cidade?

Pois este Governo que aí está não tem preocupação com os mais pobres, ignora as profundas desigualdades do país e só trabalha para pagar as dívidas do golpe, junto ao mercado financeiro e aos grandes barões do Brasil.

Agora, chegado o processo eleitoral, todos fingem que não apoiaram o golpe, que não concordam com Temer e que são contra suas propostas. Mentira e oportunismo.

Assim, procure saber da vida do(a) seu(sua) candidato(a), das conquistas e realizações que já fez, na vida pública e cobre uma postura dele(a), principalmente em temas que afetam o dia-a-dia das pessoas.

Não se deixe enganar: quem apóia medidas contra o povo, não merece seu voto.

 

João Gabriel Prates é advogado, mestre em Direito e procurador jurídico do CISNORJE/Samu

 

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