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Em Setubinha escassez de dinheiro faz bancos e lotéricas pedirem moeda corrente emprestada para empresários

Cidade, que perdeu recentemente o Banco do Brasil da foto e agora conta apenas com um representante da instituição, está entre os 06 piores IDH’s dos 853 municípios de Minas, o que reflete em problemas como a liquidez monetária (“sumiço do dinheiro vivo na praça”)

SETUBINHA – É uma prática comum em Setubinha funcionários de bancos e lotéricas pedirem a empresários da cidade altas somas de dinheiro vivo, em qualquer momento de um dia útil comum.

Imediatamente os bancos transferem o dinheiro via transferência bancária para os empresários, e a transação de camaradagem é concluída.

Se o normal são os bancos ofertarem capital de giro rápido para os empresários de uma praça, sob juros, sendo a segurança destes para conseguir dinheiro na solução de dificuldades do dia a dia laboral, em Setubinha o movimento acontece ao contrário.

Porém, segundo uma bancária de Setubinha, há pouco tempo a cidade contou com boa circulação de moeda corrente.

“O auxílio deu um boom no comércio em 2020. Foi uma loucura de dinheiro circulando. Agora vivemos um período de transição [com o fim do recurso]. Vamos aguardar pelo auxílio do governo Zema, de R$ 600”, refletiu entusiasmada.

Ela informou ainda que na época do auge do auxílio emergencial as lotéricas e bancos chegavam a pagar mais de R$ 100 mil por dia em dinheiro vivo na cidade.

“Depois foi normalizando por que o pessoal aprendeu e acostumou com o CaixaTem. Hoje temos 3 principais fontes de renda, Bolsa família, INSS, prefeitura e o estado”, informou.

De acordo com o IBGE, Setubinha tem o segundo pior IDH do Vale do Mucuri (menor é Catuji) e está entre os 06 piores de MG.

Segundo o economista e mestrando da (UFVJM), Olavo José, outras cidades da região vivem situação parecida de liquidez fiduciária (pouco dinheiro na praça) por que as principais fontes de renda são públicas (que já são poucas e em constante ameaças de cortes). “Somente uma política de esforços específica voltada para o desenvolvimento local, sob tutela do Estado e União garantiria uma solução a médio e longo prazo”, avaliou o academicista.

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