TEÓFILO OTONI – Atender com qualidade e eficiência as demandas por leitos hospitalares de uma população tão numerosa quanto a mineira – são 20,5 milhões de habitantes, a segunda maior população do país, segundo o Censo de 2010 – exigiu uma estratégia ousada que mapeasse e enxergasse os gargalos do atendimento hospitalar no Estado e traçasse um plano que não apenas ofertasse mais leitos, mas também mais qualidade e conforto para os usuários do SUS em Minas. E foi assim que nasceu o Projeto dos Hospitais Regionais.
O resultado é a construção de 12 novos hospitais estrategicamente localizados nos municípios de Uberaba, Conselheiro Lafaiete, Sete Lagoas, Juiz de Fora, Governador Valadares, Montes Claros, Teófilo Otoni, Divinópolis, Além Paraíba, Novo Cruzeiro, Nanuque e Uberlândia. Serão 2.450 novos leitos, sendo 285 de UTI adulto; 45 de UTI neonatal e 30 de leitos semi-intensivos. Ao todo, os investimentos chegam a quase R$ 1 bilhão para obras e compras de equipamentos.
“Os hospitais regionais foram planejados para atuarem como instituições de médio e grande porte, com no mínimo 100 leitos, ofertando 100% dos serviços ao SUS, constituídos por clínicas básicas em média e alta complexidade, com atendimento de urgência e emergência e possuindo leitos de UTI”, analisa a gerente do Projeto de Implantação dos Hospitais Regionais, Fávila Etelvino.
O Hospital Regional de Teófilo Otoni terá 420 leitos. A unidade também terá um heliponto e possibilidade para futuras expansões. Os investimentos são R$ 86,1 milhões integralmente custeados pelo estado. A previsão de entrega é dezembro de 2015.
Por sinal, na próxima terça-feira (16), às 14h, o deputado estadual Neilando Pimenta (PP), acompanhado por lideranças políticas, autoridades e engenheiros do Departamento de Obras Públicas (DEOP), fará uma visita técnica a obra do Hospital Regional. Na oportunidade, os detalhes técnicos das obras serão abordados pelos engenheiros do DEOP.
Investimento
Diante de um cenário que apontava uma concentração dos leitos em quatro macrorregiões de saúde e com apenas 18,7% dos hospitais atendendo média e alta complexidade, a equipe responsável pelo projeto percebeu que para fortalecer a rede assistencial no estado era preciso descentralizar o atendimento e reduzir os déficits de leitos hospitalares, principalmente em especialidades de grande demanda como ortopedia e UTI adulto e neonatal.
“Apesar dos avanços alcançados com a implantação do Pro-Hosp, programa de modernização e fortalecimento da rede hospitalar em Minas Gerais, a construção dos hospitais não foi uma decisão aleatória do Governo de Minas. Foi, sim, resultado do amadurecimento do Pro-Hosp, que apontou a necessidade de se construir hospitais que além de suprirem a carência de leitos resolutivos, atuariam como âncoras das redes. Tendo isso em mente, o primeiro passo para concretizar o projeto de construção dos hospitais foi a realização de um diagnóstico do atual desenho da estrutura hospitalar de Minas Gerais, que compreendeu não somente a distribuição física dos hospitais do estado, como também o escopo e qualidade dos serviços ofertados”, concluiu Fávila Etelvino.