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Restaurante Irmã Zoé

Fiscal do Restaurante Universitário emite comunicado à empresa responsável pelo cardápio que apesar da mesma ser do Ceará está cozinhando para mineiros

“Ressalto mais uma vez que apesar da sua empresa ser do Ceará, a Éden está atendendo uma unidade no estado de Minas Gerais. Gentileza elaborar o cardápio voltado para o público mineiro”.

Com estas palavras a fiscal designada pela UFVJM se dirigiu, via e-mail, para a empresa do Restaurante Universitário, a Éden Serviços de Alimentação LDTA, para reclamar de que a mesma estava servindo feijão tropeiro durante na instituição, sem a variante do feijão carioca.

Segue o trecho do e-mail enviado pela fiscal ao qual o @jornaldiarioteo teve acesso: “Gentileza, lembrar que no dia que for oferecido tropeiro também deverá ser oferecida a opção do feijão carioca”.

A fala soou xenofóbica e não foi bem digerida pelos proprietários, que abriram queixa contra a fiscal na ouvidoria da UFVJM, em T. Otoni.

“Em referido e-mail a fiscal servidora pública exige a retirada do feijão tropeiro por ser a Empresa oriunda do Ceará e por não ser alimentação para público mineiro, em claro sinal de xenofobia! Apenas a título de esclarecimento, de modo a fomentar o assédio e o abuso moral para com a Empresa, tem-se que o feijão tropeiro surgiu no Brasil através de um movimento chamado ‘Tropeirismo’, o qual ocorreu no século XVIII, no auge do ciclo da mineração no estado de Minas Gerais”, trecho da denúncia junto a ouvidoria da universidade e corregedoria do Ministério da Educação.

Após esse episódio, a Éden alega que a servidora usou de sua posição para perseguir a empresa com inúmeras notificações e chantagens.

Em uma destas a fiscal disse para os universitários que eles podem repetir à vontade. Porém a Éden alega que isto não está no contrato, e que a servidora interfere em questões que vai além de sua alçada.

Uma auxiliar de cozinha também formalizou uma denúncia. No dia 3 de agosto um aluno a abordou com virulência na rua, perguntando porque ele não pode repetir a refeição, deixando-a insegura.

A Éden alega que a fiscal cria um clima hostil entre o corpo discente e os funcionários.

A empresa disse que o RU emprega 13 pessoas, todas de Teó, e corre riscos de paralisação.

O Diário não conseguiu falar com a outra parte. O espaço está aberto para ela e a UFVJM.

 

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