Segundo denúncia, o governo Zema não teria garantido acordo feito junto ao CISNORJE e prefeitos locais. Com a situação financeira prejudicada, há o risco de paralisação do Samu em toda a região, serviço que atende uma população superior a um milhão de habitantes em toda a extensão dos Vales Mucuri, Jequitinhonha e São Mateus
TEÓFILO OTONI – Funcionários do CISNORJE, consórcio intermunicipal dos Vales do Mucuri, Jequitinhonha e São Mateus, responsável pelo gerenciamento do Samu em todo o Nordeste de Minas Gerais, realizaram um ato de protesto pelo atraso no repasse de verbas constitucionais por parte do governo estadual para o funcionamento do órgão e de todas suas unidades (bases descentralizadas).
Denúncia
Segundo denunciado pelo presidente do CISNORJE, o prefeito de Itambacuri Henrique Scofield, Minas Gerais deve R$ 3.919.280,60 ao órgão. De acordo com ele, foi pactuado entre a Secretaria Estadual de Saúde e o consórcio a abertura de novas bases do Samu na região (fator que possibilitou a entrega de várias ambulâncias que estavam paradas em T. Otoni, e que sofriam ameaças de serem levadas pelo Estado). Com isso, unidades vêm sendo inauguradas pela atual gestão, dentro do cronograma estipulado junto à SES. Porém, os repasses atrasados não foram feitos pelo governador Romeu Zema (Novo), mantendo apenas os valores mensais atuais, deixando as contas do consórcio com um grande rombo, principalmente em face das novas bases descentralizadas recém inauguradas.
Protesto
Tal fato levou prefeitos da região a apoiar e acompanhar o protesto dos funcionários do Samu na tarde desta segunda-feira (16). O trecho da BR-116 localizado em frente a sede do consórcio chegou a ser interditado por cerca de 15 minutos. Ambulâncias foram colocadas no leito da pista e funcionários empunharam faixas de protesto por alguns minutos.
Além dos funcionários e da direção do Samu, participaram o prefeito de Pavão, Balarini, o deputado estadual Gustavo Santana e o vereador Northon Neiva (MDB).
Após o protesto fora da unidade, os envolvidos se reuniram dentro do órgão, onde discutiram medidas a ser tomadas para a situação ser resolvida.
O Estado não se pronunciou sobre o ato.