Funcionários dos Correios entram em greve por tempo indeterminado
Paralisação teve início na quinta-feira e segue por tempo indeterminado
TEÓFILO OTONI – Funcionários dos Correios entraram em greve nesta quinta-feira (19), em Teófilo Otoni, segundo informou o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios, Telégrafos e Similares do Estado de Minas Gerais (Sintect-MG). De acordo com o sindicato, a categoria é contra a terceirização do serviço feita, inclusive, no cargo de carteiros. Além da luta contra a privatização da empresa, os funcionários também pedem mudanças no plano de saúde e abertura de novos concursos.
“A assembléia geral da administração dos Correios criou em julho o chamado CorreiosPAR, uma empresa privada criada com 100% do dinheiro da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), ou seja, uma empresa privada criada com dinheiro público. Essa empresa subsidiária vai atuar nos setores mais lucrativos dos Correios como encomendas, logística, banco postal, telefonia. Apenas o setor de cartas e telegramas continuará como monopólio da ECT. Com a criação da empresa subsidiária CorreiosPAR, abra-se a possibilidade de contratações feitas diretamente por ela, sem necessidade de concursos públicos. A mudança no regime de contratação resulta inevitavelmente no corte de direitos, perda da estabilidade no emprego, já que a empresa já não será obrigada a manter os mesmos direitos do que recebe hoje a categoria”, afirmou Mafran Alexandrino.
Todavia, segundo os Correios, os serviços no Estado operaram normalmente nos dois últimos dias incluindo toda a rede de atendimento, a entrega de Sedex e o Banco Postal. Conforme determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), informada pelos Correios, a categoria deve manter efetivo mínimo de 80% em cada uma das unidades. O Sintect-MG afirma que a adesão é crescente e diz não ter conhecimento da determinação do TST para este movimento.
De acordo com o movimento grevista, a categoria luta pela abertura de novos concursos e contra a privatização da empresa
De acordo com um dos líderes do movimento, Mafran Alexandrino, a categoria luta pela abertura de novos concursos e contra a privatização da empresa
