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Restaurante Irmã Zoé

Giraldi para o Rio/Brasil

As campanhas políticas para prefeito e vereadores não são assuntos deste artigo, mas do Método Giraldi que é aplicado no Estado de São Paulo com grande êxito, colaborando com a redução brutal da violência, caso único no Brasil.

Para entender o Método Giraldi, é preciso discernir práticas boas das ruins. Embora o método seja da polícia paulista, não custa observar que as guardas do estado não conhecem, como se viu recentemente quando guardas municipais de Itapecerica da Serra, fora do serviço e portando armas da Guarda Municipal, reagiram a um assalto, às margens da Rodovia Ayrton Senna.

Eles tinham permissão para portar as armas, mas não tinham preparo algum, tanto que a reação resultou na morte da mulher de um deles e a execução de dois inocentes desarmados que voltavam de Aparecida onde foram trabalhar como ambulantes.

E, o pior, agrediram o terceiro vendedor que sobreviveu aos tiros, prendendo-o e dando uma versão para a polícia para justificar a incompetência da ação que só foi desvendada graças às filmagens das câmeras de vigilância. Isso é o que acontece quando “autoridades” portam armas sem treinamento adequado. Parece o Rio de Janeiro?

Semanas atrás, o Brasil ficou comovido com o brutal assassinato da menina Ágatha Félix, de apenas oito anos, e que morreu atingida por um tiro nas costas dentro de uma Kombi que transitava pela Fazendinha, no Complexo do Alemão.

A Polícia Militar afirmou que suas equipes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Fazendinha foram atacadas de várias localidades da comunidade de forma simultânea e os policiais revidaram à agressão. Pena que contradiga o relato de moradores, que afirmam que a equipe policial atirou contra uma moto, e que não houve confronto, ou seja, revide dos bandidos.

Ágatha não foi a primeira criança morta em 2019 com policiais envolvidos no Rio, o primeiro foi Jenifer Gomes, de 11 anos, depois Kauan Peixoto, de 12 anos, Kauan Rozário, 11 anos, Kauê Ribeiro dos Santos, 12 anos, e Ágatha. E por que morrem tantas crianças e gente inocente no Rio de Janeiro por responsabilidade da polícia? Porque a polícia é mal preparada, não conhece o Método Giraldi.

O método utilizado para treinar a polícia paulista foi desenvolvido pelo Cel. Nilson Giraldi. Basta ler a descrição do método no site da PM-SP para ver que tem muito bom senso. O método preconiza que o tiro é a última alternativa para preservar vidas inocentes, incluindo a do policial. Se matar 10 bandidos, mas morrer um inocente, é fracasso. Não matar inocentes é sempre vitória.

Entre as características do Método Giraldi: se for possível solucionar sem uso da força, sem tiros, por mais tempo que demore, assim será. Ensinar o policial a usar sempre a razão, não a emoção, não se precipitar, nem praticar a “valentia perigosa”. Nunca querer pegar o agressor de qualquer jeito, pedir apoio.

Nunca colocar inocentes na mesma linha de tiro e nem atirar como “advertência”. Pedir apoio! Não disparar em veículos em fuga, incluindo motos. Observar a necessidade e esperar pela oportunidade. Simples? Representantes do povo, ajam!

Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot.com) é tecnologista sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano

 

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