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Restaurante Irmã Zoé

GMOM se une a movimentos sociais pela celebração de um Dia Internacional das Mulheres mais representativo

08 de março – Dia Internacional das Mulheres, mulheres na luta: por democracia, soberania e autonomia

Panfleto de convocação para o evento

TEÓFILO OTONI – O Grupo de Mulheres Organizado do Mucuri (GMOM) com cerca de 30 parceiros, dentre movimentos sociais, sindicatos, universidades públicas e privadas, pastorais sociais, órgãos públicos estatuais e municipais, se juntaram para a construção de um 08 de Março “Dia Internacional das Mulheres” em Teófilo Otoni, que represente de fato os anseios das mulheres na atual conjuntura. Nesse sentido, aliado com atos que estão sendo organizados em todo o Brasil, elegemos como tema, “Mulheres na luta: por democracia, soberania e autonomia. Esse tema, deixa claro que nós mulheres sempre estivemos e estamos a frente de todas as lutas pelos direitos, embora numa sociedade machista, a mulher é invisibilizada nas lutas e nas conquistas pelos direitos. No Brasil, nos mulheres lutamos contra a ditadura, lutamos pela Constituição Federal e estivemos a frente das conquistas de todas políticas sociais. Não temos dúvidas que desde o ano de 2016 sofremos um golpe, contra a democracia, a soberania, autonomia, um golpe contra todas as mulheres brasileiras. Esse golpe continua e nós mulheres estamos pagando um ato preço. As pastas específicas para as mulheres acabaram e foram reduzidas e precarizadas os recursos públicos destinados ao combate da violência contra a mulher, a saúde e educação, dentre outros. Aumenta-se a pobreza, desemprego e desigualdade e as mulheres, principalmente as mulheres negras tem sido as mais afetadas. Perdemos direitos trabalhistas por meio da aprovação da Lei da Terceirização e da reforma trabalhista. Continuamos em luta contra a reforma da previdência, principalmente por representar essa reforma, um massacre contra nós mulheres e dos nossos filhos e filhas.  Não aceitamos os argumentos mentirosos de um governo misógino, machista e que não tem representado as pautas das mulheres brasileiras. Não aceitamos, que os recursos naturais brasileiros, nosso setor energético e o pre sal continue sendo privatizado e entregue para os chineses, nortes americanos e europeus, pois afeta e compromete a soberania nacional. Estamos perdendo de investir em educação e saúde, para privilegiar um pequeno grupo de que detém o poder econômico brasileiro e mundial. Enquanto isso, pessoas (homens, mulheres e crianças) estão morrendo sem atendimento médico e sem acessar seus direitos básicos. Quando falamos de autonomia, estamos nos posicionando contra a bancada conservadora do congresso nacional, que vem impondo um forte ataque a autonomia das mulheres com a retirada de direitos que foram duramente conquistados. É o caso da PEC 181 e o PL do “Nascituro”, que proíbe o aborto, até mesmo nos casos previstos em Lei, como a gestação decorrente de estupro. Outro exemplo é a “campanha de ideologia de gênero”, que visa retirar a discussão da violência contra a mulher e a questão LGBT das escolas. Quem são os que estão a frente dessas pautas tão prejudiciais as mulheres: são homens, brancos, velhos e ricos. Ou seja, não representam a maioria das mulheres brasileiras. Representam interesses machistas, misóginas, classistas, racista por isso, estamos em luta, pela representatividade política da mulher, contra a reforma da previdência, por mais recursos público no combate a violência contra a mulher, por mais saúde, assistência social e educação, dentre outros. Assim, se o 08 de Março, “Dia Internacional das Mulheres”, foi construído como símbolo de luta e resistência das mulheres, continuamos com símbolo de luta e resistência, até que todas as nós mulheres sejamos livres do machismo, da misoginia, toda e qualquer forma de violência. Por isso, o GMOM e parceiros, convida as mulheres, homens, jovens, crianças, para somar força a nosso ato público e a na programação do 08 de março em Teófilo Otoni.

 

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