A retomada dos trabalhos na Câmara dos Deputados já voltou com um tema central: a Reforma da Previdência
DA REDAÇÃO – A Reforma da Previdência está sendo a principal prioridade do governo federal na Câmara dos Deputados. Buscando a popularidade do projeto, o presidente Michel Temer já gastou, só neste começo de 2018, cerca de R$ 50 milhões em campanhas publicitárias.
Entretanto, a proposta está cada vez mais impopular. Em janeiro, uma pesquisa encomendada pelo Planalto mostrou que apenas 14% são a favor da reforma. Para o deputado federal Leonardo Monteiro (PT/MG) essa rejeição acontece porque os brasileiros já conseguiram entender os prejuízos que ela gera. “Uma reforma que faz o trabalhador contribuir por no mínimo 40 anos para ter seu benefício integral, e que aumenta a idade mínima e até o tempo de contribuição, não pode ser aceita. É uma perversidade com o povo. São professores, trabalhadores rurais, servidores públicos, policiais, e tantos outros trabalhadores que terão a aposentadoria inviabilizada”, afirmou o deputado.
As contradições do governo para explicar a proposta também deixam um alerta: ao mesmo tempo que afirma que a reforma é necessária para reerguer a economia brasileira, o governo deixa de cobrar cerca de R$ 427 bilhões de grandes devedores da Previdência, além de distribuir benefícios tributários para grupos privilegiados.
A votação da Reforma da Previdência está prevista para o próximo dia 19. No entanto, com baixa adesão da base aliada do governo, as estimativas é que o Palácio do Planalto ainda não tenha os votos necessários: 308.
