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Grupo de empresárias tenta impedir a instalação da Feira Regional da Economia Popular Solidária na Praça Tiradentes

TEÓFILO OTONI – Um grupo de empresárias do ramo de cosméticos e beleza do centro da cidade, foram até a 10avenida Getúlio Vargas, no ponto da Praça Tiradentes, contestar o fechamento da via para a realização da 13ª Feira Regional da Economia Popular Solidária do Vale do Mucuri. Segundo elas, o evento público atrapalhará as vendas das lojas nos dias de seu funcionamento, 08 e 09 de junho (próxima sexta e sábado), justamente no final de semana que antecede o Dia dos Namorados, 12 de junho.

Não x Sim: Representante das empresárias e um permissionário do setor de alimentação da Praça Tiradentes debatem sobre a realização da Feira no local, com o fechamento da Avenida Getúlio Vargas

O protesto atraiu a atenção da imprensa, com a presença de vários repórteres e diversos veículos de comunicação

Ainda dentro da manifestação, permissionários de venda de alimentos se pronunciaram favoravelmente pela realização da feira. Para o churrasqueiro Carlos, o popular “Cacau”, vendedor de churrasquinhos na Praça Tiradentes, o evento é positivo para as pessoas que empreendem por meios próprios, dentro do mercado informal. Ele também fez uma ponderação em relação à crítica do grupo empresarial. “Essa parte da Avenida Getúlio Vargas sempre é fechada para eventos, inclusive dos empresários, como o Liquida Teó, que ficou duas semanas por aqui, a Feira Internacional de Pedras Preciosas, e outras, porque também não pode ser fechada para a gente?”, questionou.

Em meio ao debate, uma das empresárias chegou a dizer que iria ficar no local atrapalhando a montagem das barracas.

Apesar dos ânimos um pouco exaltados a polícia não precisou ser acionada.

Barracas em ritmo de montagem para os dias do evento, 08 e 09 desta semana (sexta e sábado)

 

Questionamentos

 

Segundo a fala das empresárias, a Feira da Economia Popular Solidária poderia ser realizada em outra data, e não em uma das mais lucrativas para os comerciantes, o Dia dos Namorados, e num período de forte retração econômica devido a crise financeira e política nacional. Ainda de acordo com elas, o fechamento da via vai atrapalhar os negócios de sua área de atuação, cosméticos, vestuário e produtos de beleza.

Por outro lado, alguns empresários ouvidos pela reportagem, de outros ramos de atividade comercial, disseram que não terão seus negócios prejudicados pela feira, podendo até potencializar suas vendas pela grande aglomeração de pessoas proporcionada pelo evento.

 

Tudo nos conformes

 

O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Pastor Jonas Boaventura, foi até o local para ouvir as reivindicações. Segundo ele, a feira vai ocorrer normalmente, na data previamente marcada. “O evento conta com o apoio da CDL, Sindcomércio e da CDL. Ele será realizado normalmente. Além de ser um sucesso na cidade e região, atraindo milhares de pessoas, centenas de artesãos, produtores locais e rurais de atividades diversas, o ato aquece a economia local, principalmente junto a população vulnerabilizada, que devido os grandes custos burocráticos do país dificilmente encontram um espaço público, gratuito e bem localizado como este da Praça Tiradentes, o coração da cidade e do Vale do Mucuri, para potencializar seus negócios, e, quem sabe, expandir suas produções ou abrirem suas próprias empresas. É uma feira do povo para o povo. O sucesso dela se reverterá em sucesso para todos nós. No final das contas, todos sairemos ganhando”, finalizou Jonas.

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