TEÓFILO OTONI – Foi realizado na tarde desta terça-feira (10), a partir das 14h 30, no auditório do Núcleo Integrado de Pesquisa (Nipe), o 1º Ciclo de Debates do Grupo de Estudos em Desenvolvimento Econômico Brasileiro (GEDEB) da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Campus de T. Otoni. Os estudos versaram sobre o mote “Reflexões sobre a formação nacional a partir de Caio Prado Jr., Florestan Fernandes e Celso Furtado”. O evento foi aberto para toda a comunidade acadêmica. De acordo com o organizador do evento, professor Carlos Henrique Lopes Rodrigues, “cabe destacar que esses autores não se restringiram a analisar a especificidade do capitalismo brasileiro por meio do processo de formação nacional, o que por si só já seria de grande valia. Como requer toda teoria social que se preze, os autores e suas obras constituem, também, um aparato político, uma vez que não só elencam os problemas estruturais de nosso país como apontam vias de superação do subdesenvolvimento”, destaca.
Para o professor, o evento será momento de divulgar os trabalhos do grupo de estudos e interagir com a comunidade. “É com vistas a realçar a relevância de tais autores, alinhavar os debates feitos ao longo de dois anos, divulgar os trabalhos do grupo, dialogar com a comunidade acadêmica e propor questões que nos permitam discutir e apreender a nossa realidade”, relata.
A programação completa do Ciclo de Debates pode ser conferida aqui. E as inscrições, que são gratuitas, devem ser feitas pelo site do evento.
GEDEB
O Grupo de Estudos em Desenvolvimento Econômico Brasileiro (GEDEB) foi, formalmente, criado em agosto de 2017. O GEDEB conta com a participação de professores e alunos de graduação e pós-graduação do Campus do Mucuri da UFVJM, e alunos de pós-graduação de outras universidades, como da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Federal Fluminense (UFF). Os dois primeiros anos de trabalho do GEDEB foram de reuniões quinzenais dedicadas à leitura, estudo e debate de autores clássicos – e seus comentadores.
Segundo o professor Carlos Henquique, “a principal linha de convergência dos que compõem o GEDEB é a compreensão de que estudar os limites e as possibilidades do desenvolvimento econômico brasileiro, nos marcos do capitalismo, constitui uma tarefa histórica e teórica urgentes, principalmente levando-se em conta as tendências de esvaziamento do debate acerca do tema e o fortalecimento de análises atadas a movimentos conjunturais e de caráter a-histórico”, analisa. (Com informações do site ufvjm.edu.gov.br)