DA REDAÇÃO – O Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG) faz parte de uma história que, no próximo dia 23 de setembro, completará 110 anos: a da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Uma história compartilhada com outras 62 instituições de ensino que compõem a Rede, com atuação em todo o território nacional, sendo, ao todo, 38 institutos federais de educação, ciência e tecnologia; dois centros federais de educação tecnológica (Cefets); 22 escolas técnicas vinculadas às universidades federais e pelo Colégio Pedro II.
Nas regiões Norte e Noroeste de Minas, Vales do Jequitinhonha e Mucuri, é o IFNMG que assume a missão da Rede Federal, de favorecer o desenvolvimento regional, por meio da educação pública e de qualidade, em ações de Ensino, Pesquisa e Extensão. A área de abrangência do Instituto inclui 163 municípios, atendidos por onze unidades de ensino presenciais (os campi) – em Almenara, Araçuaí, Arinos, Diamantina, Janaúba, Januária, Montes Claros, Pirapora, Salinas e Teófilo Otoni – e 108 polos de educação a distância.
Segundo o reitor do IFNMG, professor José Ricardo Martins da Silva, a expansão da rede, por meio da criação dos institutos federais, em 2008, foi elemento crucial para que a educação técnica e tecnológica chegasse, de fato, àquelas regiões mais longínquas, levando oportunidades aos que, antigamente, não tinham acesso ao ensino profissionalizante.
“O IFNMG, como parte dessa rede e localizado em uma área que sofre com a escassez de chuva e a dificuldade de acesso a certas localidades, reconhece e assume o seu compromisso com a educação profissional técnica e tecnológica, desbravando regiões anteriormente esquecidas pelo poder público. Sem temor, nem receio de se aventurar por locais ainda não atendidos, o IFNMG atinge e trabalha para o crescimento educacional, socioeconômico e cultural dessas comunidades, expandindo sua área de atuação nos Gerais de Minas”, assegura o reitor.
Só para se ter uma ideia do impacto do IFNMG em sua área de abrangência, no primeiro semestre deste ano, o Instituto contabilizou um total de, aproximadamente, 31 mil matrículas em seus cursos presenciais e a distância, a maioria de estudantes de baixa renda. Os cursos ofertados nas mais diversas áreas têm como foco atender às demandas do mundo do trabalho e os arranjos produtivos locais. São 74 cursos técnicos, ofertados de forma integrada, concomitante ou subsequente ao ensino médio; 43 cursos superiores, de bacharelado, licenciatura e tecnologia; dois mestrados e oito especializações. Além desses, o Instituto oferece à comunidade cursos de formação inicial e continuada (FIC), de curta duração.
Para atender a todos esses cursos e alunos, o IFNMG conta com 1.324 servidores efetivos, sendo 643 professores e 681 servidores técnico-administrativos. Entre esses docentes, 21% são doutores; 56%, mestres; e 21%, especialistas. Também integram o time 84 professores substitutos e bolsistas que atendem, principalmente, demandas dos cursos a distância.
Dez anos mais algumas décadas
Como IFNMG, a Instituição existe há pouco mais de dez anos. Foi criada, da mesma forma que os demais Institutos Federais, pela Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008. Mas sua trajetória é bem mais longa que isso, visto que as duas instituições de ensino que se juntaram para dar origem ao IFNMG já tinham, à época, décadas de experiência: a Escola Agrotécnica Federal de Salinas, fundada em 1953, e o Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Januária, criado em 1960.
O Campus Arinos começou a funcionar em 2009 e, no ano seguinte, foi a vez dos campi Almenara, Araçuaí, Montes Claros e Pirapora. Entre 2014 e 2015, o Instituto ganhou mais quatro unidades de ensino presenciais, os campi Diamantina e Teófilo Otoni, além dos campi avançados Janaúba e Porteirinha.
A Rede Federal
Já a história da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, de que o IFNMG faz parte, começou em 23 de setembro de 1909, com a publicação do Decreto nº 7.566, do então presidente da República Nilo Peçanha. O decreto criou, nas capitais dos Estados, as escolas de Aprendizes e Artífices, destinadas ao ensino profissional primário gratuito e mantidas pelo Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio.
“São 110 anos da educação profissional no Brasil que precisam ser comemorados. E a Rede Federal, neste momento, em função da sua capilaridade, é a grande responsável pela formação de milhares de cidadãos qualificados para mundo do trabalho, proporcionando o desenvolvimento de todas as regiões do País. Para mim é um prazer fazer parte de um terço dessa história”, afirmou o presidente do Conif, Jerônimo Rodrigues da Silva.
Atualmente, a Rede Federal contabiliza quase um milhão de estudantes, que frequentam um dos 11.766 cursos ofertados, desde o nível básico até a pós-graduação. Para isso, a estrutura nacional conta com mais de 75 mil servidores nas 661 unidades espalhadas em 578 municípios do País.
As instituições são referências nacional e mundial em suas áreas de atuação, com desempenho comprovado pelos resultados dos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA).
O reitor do IFNMG faz questão de parabenizar as demais instituições integrantes da rede, comemorando essa data. “Comemoramos os resultados alcançados nesses 10 anos de funcionamento, em que disseminamos o ensino público, gratuito e de excelência, preparando a população para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, gerando emprego e desenvolvimento às regiões alcançadas”, destaca José Ricardo.
Outros dados sobre a Rede Federal podem ser obtidos na Plataforma Nilo Peçanha do Ministério da Educação (MEC).
Confira, abaixo, o vídeo de divulgação da campanha comemorativa dos 110 anos da Rede Federal, promovida pelo Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif).