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Restaurante Irmã Zoé

Indígenas denunciam que comerciantes cobram mais caro em produtos e até negam atendimento para eles, em Teó

Preconceito sofrido por indígenas em Teófilo Otoni motiva ação do Procon

Projeto vai conscientizar comerciantes e orientar indígenas sobre como agir. Ação acontece nos dias 18 e 19 de junho

TEÓFILO OTONI – “A gente fica muito triste. Eles não gostam da gente”, diz Jupira Maxakali, que teve atendimento negado por uma vendedora de loja de roupas em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. Outros indígenas também denunciam situações semelhantes ocorridas em estabelecimentos comerciais do município, como preços e formas de pagamento diferentes para eles. De acordo com o antropólogo Marcelo Vilarino, que trabalha na Coordenadoria de Inclusão e Mobilização Sociais do Ministério Público, indígenas já chegaram a pagar até R$ 50 por um pacote de arroz.

Essas denúncias foram recebidas na Coordenadoria Regional de Defesa do Consumidor de Teófilo Otoni e motivaram um projeto, promovido pelo Procon-MG, com comerciantes de Teófilo Otoni e indígenas Maxakali para combater o preconceito contra os povos originários. As ações serão realizadas nos dias 18 e 19 de junho.

No primeiro dia do projeto, terça-feira (18/6), a promotora de Justiça de Defesa do Consumidor de Teófilo Otoni, Milena Ribeiro de Matos Xavier, conversou com fornecedores da região sobre a importância de atender o público independentemente de raça, cor, religião ou qualquer outra distinção. No encontro, que aconteceu na sede da Câmara dos Diretores Lojistas (CDL) de Teófilo Otoni, às 19h, foram entregues aos comerciantes cartazes, para fixar nos estabelecimentos, lembrando que indígenas e não indígenas têm os mesmos direitos e deveres.

Em fevereiro deste ano, o Ministério Público de Minas Gerais fez recomendações aos estabelecimentos de Teófilo Otoni para combater a discriminação contra os povos indígenas. (Por Laura Scardua – EM)

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