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Intervenção Militar na Segurança do Rio

A intervenção federal na Segurança do Rio de Janeiro completou um mês e não apresentou resultados. Toda a ação militar que ocorreu foi apenas a troca das chefias das polícias Militar e Civil.

Passada essa primeira fase de constituição das equipes, o Gabinete de Intervenção Federal prometeu recursos para que os novos gestores possam cuidar do dia-a-dia e ainda produzir algum resultado.

Na prática  a Intervenção tem a finalidade clara de melhorar  a imagem do Presidente Temer e da parte da Câmara Federal o Maia interpretou que o seu apoio lhe renderia dividendos políticos para ganhar o governo do Rio em 2018. Não acontecerá nem uma coisa nem outra.

Sem recursos os resultados não irão aparecer. Vamos chegar a 31 de dezembro sem resultados práticos. A criminalidade vai continuar do jeito que está.

Quando o presidente da República, Michel Temer assinou o decreto da intervenção encontrou uma situação caótica na segurança pública do Rio. Porem essa situação caótica já vem de governo para governo. FHC não resolveu, Lula não resolveu, e os governos estaduais nenhum fizeram nada para salvar o Rio de Janeiro. No carnaval a violência imperou e temos uma policia desmotivada com equipamentos sucateados.

Após 30 dias nada mudou, salvo o nome dos responsáveis pela segurança. As ruas continuam inseguras e o crime continua a todo vapor.

A vereadora foi assassinada em plena avenida movimentada e até hoje de concreto nada foi feito. A mídia cobra, os jornais vendem, a televisão mostra, mas apenas porque foi alguém famosa que ocupava lugar de destaque. “Joses”, “Marias”, “Pedros” e todo tipo de cidadão morre todo dia e não se dá nem uma notinha a respeito.

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, é uma grande piada, a frente de uma missão que está muito acima da sua capacidade. Ele é apenas mais um bate-pau do presidente Temer

e nada fará para resolver a segurança no Rio, não porque não queira, mas porque não tem competência para tanto.

Além desses três assassinatos, este primeiro mês foi marcado por outros casos de violência: Rebeliões, tiroteios constantes, arrastões, assaltos, assassinatos, continua tudo do mesmo jeito.

Um desses ataques nas vias expressas resultou na morte do sargento das Forças Especiais do Exército Bruno Cazuca, de 35 anos. O militar foi surpreendido por homens armados em um arrastão. A morte do sargento levou a PM a fazer uma operação na Vila Kennedy, Zona Oeste da cidade, onde recuperou a arma do militar.

A bandidagem está num nível tão pesado que a policia militar não deu conta e no modelo que temos não darão conta nunca. Não basta força militar e sim investimento social, saneamento básico, saúde e educação.

Das ações de idas e vindas, para a retirada de barreiras, mapeamento e ações contra traficantes os militares inovaram tirando fotografias dos cidadãos moradores das comunidades num afronta direta aos direitos humanos fichando trabalhadores, enquanto os bandidos permanecem na espreita ameaçando a sociedade.

Marum chamou de …“imbecil quem imaginou que em 30 dias nós teríamos solucionado a questão da violência no Rio de Janeiro, essa nunca foi a nossa pretensão, nós temos um trabalho de longo curso, ele será realizado”, afirmou o ministro. No entanto esqueceu o Ministro que há prazo para findar a intervenção que é 31/12/2018. Ou seja,  até dezembro também nenhum brasileiro é “imbecil o suficiente para  acreditar que o governo federal resolverá o problema do Rio de Janeiro na área da segurança”. “Imbecil” é o Ministro Marum que tenta enfiar goela abaixo do brasileiro a idéia de que Temer está trabalhando em favor do cidadão.

A intervenção militar na segurança do Rio é uma grande piada que os governantes brasileiros tentam contar enganando incautos. O Rio continuará violento e a violência continuará sua escalada no Brasil enquanto não se investir nas pessoas e no saneamento básico.

Que Deus ajude o Brasil!

 

 

João Domingos é advogado pós-graduado em Direito Ambiental, Docência do Ensino Superior, escritor, vereador em Ladainha pelo PSB, diretor executivo de futebol do Santo Antônio Esporte Clube de T. Otoni

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