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Intervenção militar no Rio de Janeiro ameaça direitos dos cidadãos

Mesmo sem estratégia definida, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal aprovaram nesta semana o decreto que pede intervenção no Rio de Janeiro

DA REDAÇÃO – O Congresso Nacional aprovou o decreto proposto pelo presidente Michel Temer de passar a segurança pública do Rio de Janeiro para as mãos das forças armadas. A medida feita às pressas, e sem qualquer projeto, foi avaliado como estratégia do governo para suspender a votação da Reforma da Previdência, diante da incapacidade de angariar votos de parlamentares e de uma possível derrota no plenário.

Deputado Leonardo Monteiro votou não à intervenção federal e alerta para uma possível escalada da violência e afronta aos direitos individuais

Para parlamentares da oposição, a intervenção chega em um momento de fragilidade política e democrática e não conta com qualquer estratégia a médio e longo prazo como um Plano Estadual de Segurança Pública. O temor é que seja uma ameaça aos direitos individuais dos cidadãos e uma escalada da violência nas comunidades de baixa renda na capital carioca.

“Esse decreto representa um passo perigoso para a consolidação de um estado de exceção no Brasil. Política de segurança pública deve envolver ações estruturantes, de curto, médio e longo prazo, e não ações politiqueiras para justificar uma possível derrota desse Governo em relação à Reforma da Previdência”, disse o deputado federal Leonardo Monteiro (PT/MG).

Atualmente, Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo estão tendo que pensar às pressas em maneiras para evitar que a violência presente no Rio de Janeiro migre para seus estados durante a intervenção.

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