A intervenção militar na segurança no Rio é uma grande piada. Temer toma essa decisão em ano eleitoral com a finalidade única de melhorar seu ibope que é outra piada – menos de cinco por cento de aprovação. As forças armadas não têm nenhum preparo para esse tipo de serviço.
Vai começar a pipocar assassinatos em breve, totalmente desnecessários.
O problema no Rio de Janeiro é social e político. Social, porque sem investimentos nas comunidades não haverá solução. Sem saneamento básico, saúde de qualidade, as comunidades continuarão reféns dos salvadores da pátria locais que fazem o que o Estado deveria fazer. Político, porque uma corja de políticos bandidos vem administrando o Rio de Janeiro e dilapidando o patrimônio público sem serem importunados. Cabral, Garotinho, Rosinha e o atual governador Pezão já deviam estar todos presos. No entanto, com exceção do Cabral, todos os outros estão livres.
O decreto que dá às forças armadas a autoridade para combater o crime no estado do Rio de Janeiro, e coloca a polícia sob o comando do Exército é perigoso, pois as forças armadas não são especializadas em segurança pública ou investigação.
Até a Comunidade Acadêmica no Rio e personalidades dedicadas à defesa da democracia e dos direitos humanos vieram a público expressar séria preocupação com a decretação de intervenção federal no estado do Rio de Janeiro, medida que, segundo eles, indica a opção pela lógica militar para enfrentar os importantes problemas de segurança pública, com consequências sumamente graves para a população que vive nos territórios com maior incidência de violência.
E é verdade. As Forças Armadas, como demonstram experiências anteriores, não são resposta adequada aos problemas de violência interna. Tanto pela forma apressada e espetaculosa, quanto pelo conteúdo impreciso e alheio aos estudos realizados por instituições conhecedoras dos problemas de segurança do estado, o decreto atual não se coaduna com as práticas do Estado Democrático de Direito e a necessária participação e opinião daqueles que serão diretamente afetados, abrindo um precedente inédito, desde a redemocratização, de intervenção militar sobre o poder de gestão civil e social.
É necessário primeiro o enfrentamento social. O governo do Rio precisa fazer seu papel. Os governantes precisam oferecer serviços de qualidade para a população. Ao invés disso fizeram uma roubalheira generalizada e quebraram literalmente o Estado do Rio de Janeiro. Agora mais uma vez vem o governo federal com uma ação espetaculosa para fazer ‘bonitinho’ na mídia, porém, os resultados em breve irão aparecer. Fiasco atrás de fiasco.
Vão continuar remoendo essa intervenção em fogo brado até passarem as eleições de outubro. Depois o “Jornal Nacional” vai noticiar que a intervenção militar na segurança do Rio de Janeiro foi um fiasco. Aguarde pra ver,povo brasileiro!
João Domingos é advogado pós graduado em Direito Ambiental, Docência do Ensino Superior, vereador em Ladainha, escritor e diretor executivo de futebol do Santo Antônio de Teófilo Otoni