A intervenção militar na segurança no Rio em ano eleitoral tem a finalidade única de melhorar a imagem de Temer. As forças armadas não tem nenhum preparo para esse tipo de serviço.
Os assassinatos continuam, os roubos de carga aumentaram.
O problema no Rio de Janeiro é social e político. Social porque sem investimentos nas comunidades não tem solução. Sem saneamento básico, saúde, qualidade de vida, as comunidades continuarão reféns dos salvadores da pátria locais que fazem o que o Estado deveria fazer. Político, porque uma corja de políticos bandidos vem administrando o Rio de Janeiro e dilapidando o patrimônio público sem serem importunados. Cabral, Garotinho, Rosinha e o atual governador Pezão já deviam estar todos presos. No entanto, com exceção do Cabral, todos os outros estão livres.
O decreto que dá às forças armadas a autoridade para combater o crime no estado do Rio de Janeiro, e coloca a polícia sob o comando do Exército é perigoso, pois as forças armadas não são especializadas em segurança pública ou investigação.
As Forças Armadas, como demonstram experiências anteriores, não é resposta adequada aos problemas de violência interna. Tanto pela forma apressada e espetaculosa, quanto pelo conteúdo impreciso e alheio aos estudos realizados por instituições conhecedoras dos problemas de segurança do estado, o decreto atual não se coaduna com as práticas do Estado Democrático de Direito e a necessária participação e opinião daqueles que serão diretamente afetados, abrindo um precedente inédito, desde a redemocratização, de intervenção militar sobre o poder de gestão civil e social.
É necessário primeiro o enfrentamento social. O governo do Rio fez seu dever de casa. Os governantes precisam oferecer serviços de qualidade para a população. Ao invés disso fizeram uma roubalheira generalizada e quebraram literalmente o Estado do Rio de Janeiro. Agora mais uma vez vem o governo federal com uma ação espetaculosa para fazer ‘bonitinho’ na mídia, porém, os resultados em breve irão aparecer. Fiasco atrás de fiasco.
O governo continuará remoendo essa intervenção em fogo brando até passarem as eleições de outubro, porque não tem mais o que fazer.
Acorda povo brasileiro!
Dr. João Domingos é advogado, escritor, pós-graduado em Direito Administrativo, Direito Ambiental, Docência do Ensino Superior, vereador no 3º mandato em Ladainha pelo PSB, diretor executivo de Futebol do Santo Antônio de Teófilo Otoni