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Jequitinhonha tem situação de emergência decretada devido à seca

seca-1Situação foi reconhecida pelo Governo Federal nesta segunda-feira (19). Município tem dificuldade de abastecer oito mil pessoas na área rural

JEQUITINHONHA – Devido à dificuldade de abastecer a população residente na área rural do município teve a situação de emergência decretada nesta segunda-feira (19) pelo Governo Federal. A decisão foi publicada pelo Ministério de Integração Nacional  no Diário Oficial da União devido à situação de estiagem e seca.

O secretário municipal de Agricultura, Valdeir Cordeiro, explica que a área urbana não apresenta problemas de abastecimento, mas o mesmo não ocorre na zona rural. São oito mil pessoas que residem nos 3.500 km de área rural do município, sendo a maior parte desta população abastecida por meio de caminhões-pipa.

“Existem algumas comunidades rurais que possuem poços artesianos, mas essas fontes de água abastecem apenas as comunidades onde estão localizados, pois não tem água suficiente para transportar para outros locais. O município possui dois caminhões e mais um está alugado para auxiliar nesse serviço, mas é uma área muito grande. Nós fazemos rodízio, mas para cobrir tudo é muito difícil”, pontua o secretário.

Segundo ele, o decreto do Governo Federal irá auxiliar especialmente os produtores rurais, que poderão renegociar, estender o prazo ou ainda pedir o perdão de dívidas. Além disso, o decreto também diminui os trâmites burocráticos para a contratação de caminhões-pipa ou outros serviços relacionados à questão da seca. Mas, Valdeir Cordeiro aponta que não há previsão para tais contratações.

Em relação aos produtores rurais, ele destaca que a medida é importante, pois muitos estão sem recursos. A estimativa da secretaria de Agricultura é que 70% da produção agrícola foi perdida devido à falta d’água. Também os pecuaristas enfrentam problemas graves, pois não há pasto, de modo que o gado que não morreu, não está em condições de ser vendido.

“O gado está muito magro, ninguém compra mesmo se o produtor tentar vender. Nós vemos o reflexo dessa situação no comércio da cidade, que diminuiu muito o movimento porque os produtores estão sem dinheiro e endividados. Esperamos que o decreto possa ajudar”, conclui. (Fonte: G1)

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