A Justiça Eleitoral de Teófilo Otoni derrubou a pesquisa para prefeito feita pelo Instituto Soberano, de Coronel Fabriciano, encomendada pelo ex-vereador Cajaíba.
O pedido de impugnação da pesquisa foi feito pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), presidido por Ariadna Ruas, e que tem como pré-candidato a prefeito o empresário Lucas Miglio.
Na alegação da acusação, consta que “a pesquisa registrada no TRE-MG, sob o no. MG- 03402/2024, com abrangência no município de Teófilo Otoni-MG, abrangendo o cargo de prefeito, no pleito deste ano. (…) em desacordo com a legislação eleitoral (…) a profissional de Estatística responsável pela pesquisa não se encontra devidamente registrada no Conselho Regional; e há ainda certo caráter de direcionamento no ordenamento dos candidatos elencados no questionário, afetando a isonomia do processo eleitoral. O meio fraudulento utilizado pelo Representado consiste em montar uma falsa pesquisa, com resultados por ele próprio projetados, realizadas por profissional irregular no Conselho Regional – ConRE 6a. Região, de forma a apresentar-se ao eleitorado com vantagem em intenções de voto em relação ao Comandante Marinho, que aparece em primeiro lugar na pesquisa”.
Por sua vez, na decisão, o juiz observou ainda que: “É fato notório que no Brasil, nos últimos anos, existe acirrada polarização em parcela considerável do eleitorado, e no objurgado questionário apenas um dos nomes pesquisado teve seu partido político indicado: “0003-TARCILEI – PT”. O que em princípio tem potencial para direcionar contra ele a rejeição de parcela do eleitorado polarizado, colocando-o em situação de desvantagem em face do(s) nome(s) representativo(s) do extremo oposto e dos entremeados”.
“Posto isso, liminarmente concedo a tutela de urgência e determino a suspensão da divulgação da pesquisa…”
Em resposta ao Diário, o instituto Soberano disse, em relação
à contestação de matéria nesta página dos pré-candidatos, “Vale ressaltar que não há nenhum processo em andamento contra o Instituto Soberano. Todos foram encerrados por desinteresse da parte acusadora ou por falta de provas”.