Ação movida por ex-baixista cobra dívida trabalhista de R$ 1,5 milhão desde 2014
DA REDAÇÃO – O Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-18), em Goiânia, determinou o bloqueio judicial, penhora e remoção de dois veículos do cantor sertanejo Léo Magalhães – de ‘Aí o homem chora’, ‘Primeiro de Abril’, ‘Que mal te fiz eu’ e ‘Maltrata’.
A ação, movida pelo ex-baixista da banda Humberto José da Silva, cobra dívidas trabalhistas de R$ 1,5 milhão. A decisão do juiz Marcelo Nogueira Pedra, da 15ª Vara do TRT-18 foi publicada na quarta-feira, 1º.
Na noite seguinte à publicação, oficiais da Justiça acompanhados do advogado do baixista foram a Senador Canedo (GO), na região metropolitana de Goiania, onde o cantor se apresentava, para fazer a penhora e remoção de um ônibus e de uma carreta.
“Quando chegamos lá, encontramos apenas a carreta. Como o show foi aqui perto de Goiânia, acreditamos que o ônibus não chegou a ser usado como em outras viagens. Sendo assim, foi cumprida apenas a penhora da carreta”, disse o advogado do baixista, Rafael Lara Martins.
Nesta sexta-feira, 3, será definido um fiel depositário para a carreta apreendida, a qual não pode ser vendida. “Optamos pelo acordo, pois a defesa do cantor diz que vai provar que o veículo não pertence ao grupo, mas se comprometeu a entregá-lo caso fique comprovada a propriedade. Sendo assim, a carreta seguirá de posse dessa pessoa até que o juiz determine o leilão”, afirmou.
O bloqueio de bens ocorreu após o advogado do baixista Humberto da Silva pedir o bloqueio de bens do cantor e das empresas LB Produções Artísticas LTDA-ME e Bondim & Oliveira LTDA-ME. No entanto, não foi localizado valor nenhum nessas contas bancárias.
Ao todo quatro músicos moveram ação contra Léo Magalhães, a LB Produções Artísticas LTDA-ME e Bondim & Oliveira LTDA-ME. Um deles firmou acordo logo após uma condenação, no início de 2015. Os outros três casos correm na Justiça.
COM A PALAVRA, O ADVOGADO EDSON BRAZ:
O advogado do cantor Léo Magalhães e das empresas LB Produções Artísticas e Bonfim&Oliveira LTDA-ME, Edson Braz, afirmou que o veículo bloqueado é alugado e não deveria ter sido apreendido. “Vamos acionar a empresa que alugou o veículo para mostrar na Justiça que não é um bem de nenhuma empresa nem do cantor”, declarou.
Edson Braz não soube informar qual a empresa nem o valor da locação. “A Justiça já bloqueou alguns valores das empresas, não me lembro quanto”, afirmou o advogado.
Ele ressaltou que ingressará com uma ação recisória para suspender os quatro processos trabalhistas contra seus clientes. (Fonte: Estadão.com)