Uma van de transporte de crianças e adolescentes tombou na zona rural de Caraí, Vale do Jequitinhonha (foto), na última sexta-feira (23). Segundo denunciado por pais de alunos por falha nos freios.
O acidente aconteceu no Ribeirão Santana, e deixou os pais das crianças aflitos. Felizmente nenhum estudante teve ferimentos graves, apesar da Van ter tombado na estrada devido a falha mecânica, apontada pelos genitores dos discentes como causa do tombamento.
A Prefeitura de Caraí não se pronunciou sobre o ocorrido.
Nota do Jornal
Por favor, vamos ser coerentes. Que não apareçam puxa-sacos (desculpem-nos leitores pela expressão), para dizer que o caso não foi apurado, isso ou aquilo.
A realidade é que imagens como esta, já foram publicadas nesta página, enviadas algumas vezes praticamente in loco (onde há acesso à internet) em municípios como Itaipé, Novo Oriente de Minas, Caraí e outros.
A verdade que nos parece vista é que o transporte rural estudantil é tratado como sucata.
É normal uma região – tombar, capotar, quebrar – semanalmente em municípios diversos ônibus com dezenas de crianças indo e voltando da escola?
O que o futuro das nossas cidades (os jovens), do nosso estado, do país estão aprendendo quanto a empatia, cuidado, gestão pública, e RESPONSABILIDADE COM O SER HUMANO?
A imagem deste garotinho, descalço rabiscando a van que o leva a escola capotada numa estrada rural, diz muito sobre o país que estamos construindo.
E, se em uma destas [constantes] capotadas falece uns 10? Ou isso não é possível? A garotada é de aço?
“Deixa do jeito que esta, já que até hoje só capotou ou tombou, saiu nesse jornal Diário e está tudo bem” – pensamentos que pululam nas cabeças dos responsáveis e/ou donos destes transportes (eles devem pensar assim).
É uma tragédia, uma irresponsabilidade, uma falta de cuidado com a educação infanto-juvenil da nossa juventude escarrada… Ou melhor, capotada na cara.