campanha
Restaurante Irmã Zoé

Mansões ‘abandonadas’ aumentam o risco de dengue na cidade

Risco01TEÓFILO OTONI – Os moradores de bairros localizados na área central da cidade estão preocupados com o grande número de focos do mosquito Aedes aegypti, causador da dengue. Segundo os denunciantes, a grande quantidade de imóveis fechados como casas e até mesmo prédios inacabados tem favorecido a proliferação do mosquito, tornando a região mais suscetível a ter casos da doença, como apontou uma moradora do Bairro Marajoara.

Risco02Segundo Martha Souza, ao longo da Avenida Julio Rodrigues e ruas paralelas são inúmeros imóveis fechados, que tem acumulado diversos tipos de materiais, entre eles, vasos, latas, sacos plásticos e garrafas, que nas últimas chuvas se tornaram locais propícios para o criadouro das larvas e do mosquito.
“Algumas casas estão fechadas há meses, sem que a vigilância possa entrar e fazer o controle, combate à dengue. Em alguns imóveis onde o portão e as grades são mais espaçadas, podemos perceber que existem objetos que podem sim tornar criadouros para o mosquito. Vocês podem perceber em várias dessas casas que, a vigilância da Prefeitura veio, mas, como as chaves estão nas imobiliárias, e parece que lá, eles não se importam com a situação, e o imóvel fica sem ser inspecionado. Daí o pessoal da Saúde deixa um advertência afixada no imóvel informando que não pode vistoriar o local. Isso é um absurdo”, desabafou.

De acordo com a Superintendência Regional de Saúde, as regiões da cidade com mais focos do mosquito, e por isso onde há o maior risco de contaminação pela doença, foram identificadas por meio do Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (LIRAa) – feito pela Secretaria Municipal de Saúde, que mede o grau de infestação de uma determinada localidade pelo mosquito.

Porém, engana-se que as áreas mais afetadas se restringem a periferia da cidade. De acordo com o funcionário público, Moacir Alves, os ‘casarões’ abandonados localizados no Centro e até mesmo o antigo Hospital São Lucas favorecem a reprodução do mosquito transmissor da dengue, uma vez que dentro desses locais é grande a quantidade de materiais que podem acumular água parada, como garrafas pet, copos plásticos e outros objetos.

“Os imóveis estão abandonados há muito tempo. E aqui na Bernarda Laender ainda tem o agravante do Hospital São Lucas, principalmente no terraço, onde a água fica empoçada. São vários materiais que acumulam água também, são grandes criadouros do mosquito”, finalizou.

 

Combate à dengue          

Os imóveis fechados em Teófilo Otoni estão na mira da Secretaria Municipal de Saúde. É que esses locais são apontados pelo órgão como propícios à reprodução do Aedes Aegypt, o transmissor da dengue. Por determinação do prefeito Getúlio Neiva, os 102 Agentes de Epidemias se juntaram aos 304 Agentes Comunitários de Saúde para vistoriar mais de 66 mil imóveis, na cidade, nos distritos e povoados. Desde o início do ano a Prefeitura colocou um verdadeiro exército nas ruas, para tentar manter o município sem epidemia de Dengue. Segundo o prefeito, apesar do município estar cercado de cidades com índices altos de infestação, além do fato de receber milhares de visitantes da região todos os dias, a cidade “não podemos baixar a guarda na luta contra o mosquito que está alarmando o país”.

No último levantamento divulgado pela Prefeitura, dos 66.068 imóveis, um total de 5.994 estavam fechados, mas as equipes voltaram e conseguiram recuperar o trabalho em 1033 casas. Das famílias visitadas, apenas 77 não aceitaram a vistoria da Prefeitura, que identificou 2.144 imóveis com foco. Foram aplicadas larvicidas em 9.364 locais e promovida a educação sanitária com 48.790 famílias.

Compartilhe :