No evento de lançamento de sua candidatura, o senador pessoalmente pediu apoio
TEÓFILO OTONI – O empresário Marcelo Ramos declarou apoio, no evento de lançamento da candidatura de Aécio Neves em T. Otoni, ocorrida no dia 25 de agosto (último sábado), ao ex-governador e atual senador mineiro. Na oportunidade, Marcelo entregou uma camisa do América de Teófilo Otoni para o candidato.
DIÁRIO – Como foi o evento de lançamento da candidatura do Aécio?
MARCELO – Foi algo bonito de ver. A gratidão é uma das mais nobres virtudes do ser humano e lá ficou claro o reconhecimento das lideranças políticas do nordeste de Minas quanto ao fato de ter sido o Aécio o governante que mais fez por nossa região. Dezenas de prefeitos, vices, vereadores, ex-prefeitos e correligionários em geral, se fizeram presentes. O clima era de alegria, de desagravo e de reencontro. O recado de todos era: “muito obrigado por tudo o que já fez e siga firme, o nordeste de Minas precisa de você”!
Com todo este reconhecimento, não deveria o Aécio ter se lançado à reeleição ao Senado?
Política é momento e é grupo. Aquele episódio daquela armação do Friboi foi muito desgastante. Minas precisa banir do Palácio Tiradentes o desastrado desgoverno do PT. Era necessário abrir espaço na coligação do Anastasia para as forças progressistas que estão horrorizadas com o caos instalado no Estado pelo PT. Apesar de todas as pesquisas o indicando como favorito ao Senado, em nome da abrangência da coligação, Aécio cedeu o espaço.
Sobre este episódio que o senhor acaba de se referir, o que mais ainda pode ser dito?
Aquilo foi uma das mais bem articuladas infâmias já perpetradas contra alguém. O tal do Joesley iria ser preso. O MP ofereceu a ele a opção de incriminar alguma alta autoridade da República em troca da liberdade. O sujeito é cria do PT, que arrumou bilhões para ele comprar as maiores empresas de proteína animal do mundo. Aí o cara fica sabendo que o Aécio estava tendo que contratar advogado, para acompanhar as investigações de que ele era alvo, por ser presidente do PSDB. Advogado criminalista é algo muito caro e Aécio não é nenhum milionário. O que o testa de ferro do PT faz? Oferece ajuda, insistentemente. Aécio aceita que o Friboi compre um apartamento da família. O cara diz que o sinal só teria como ser pago em espécie. Aécio concorda – e aí seu erro – que assim fosse feito. O tempo é senhor da razão. Ao final, restará provado que o Aécio não cometeu crime algum e que na verdade ele foi vítima de um bucaneiro.
Além do Aécio, quem mais você apoiará?
Meus votos são abertos. Geraldo Alckmin presidente, Anastasia governador, Rodrigo Pacheco e Diniz Pinheiro senadores, Neilando Pimenta deputado estadual e Aécio Neves deputado federal. Antes da convocação do Aécio, eu dizia a quem me perguntasse que meu candidato seria o Fabio Ramalho, em quem sempre votei e declarei apoio, desde sua primeira candidatura. Fabinho é parlamentar nota 10, incondicional defensor deste nosso Mucuri e de uma competência extraordinária para nos prover de verbas e repasses. O Hospital Santa Rosália já estaria fechado a muito, não fosse a mão firme do deputado Fábio. Sempre me ajudou muito no América e todo ano consegue patrocínios para o clube. É uma pena não podermos votar em dois candidatos. Àqueles que me indagarem poroutra opção, eu indicarei o nome do Fabinho.
O senhor tinha uma amizade muito próxima com o pai do Aécio Neves. Como foi construída esta relação?
Em 2008, quando assumi o América, eu procurei Dr. Aécio Cunha, de saudosa memória, para pedir ajuda àquela empreitada de reerguimento do clube. Qual foi minha surpresa quando ele me mostrou uma carteirinha de sócio, da década de 50. Dr. Aécio Cunha me levou ao Governador Aécio Neves. Portas se abriram e verbas da Secretaria Estadual de Esportes, bem como repasses da Cemig via lei de incentivo ao esporte, vieram para o América. Foram mais de R$5 milhões, em valores atualizados. O estádio não teria sido reconstruído, não fosse isso. Paralelamente, uma amizade surgiu. Dr. Aécio me ligava, convidando para bate-papos que ele promovia nos finais de tarde no seu apartamento. Muito agradáveis e republicanas conversas aconteciam naquelas ocasiões. Homem de hábitos simples, que morava num apartamento também muito simples, era o Dr. Aécio um entusiasta e praticante da política na sua mais nobre acepção, que é a de servir ao seu semelhante. Todo o pouco que eu já fiz e participei da vida pública eu devo ao incentivo e aos ensinamentos dele, a quem tenho como mentor.
Você sempre defendeu o voto em candidatos daqui da nossa região. Como fica agora, com este seu apoio ao Aécio Neves?
Mas Aécio Neves é daqui. A família do seu pai é toda daqui. Aécio sempre vinha para Teófilo Otoni nas férias, quando criança e adolescente. 30 anos atrás, quando ele começou sua carreira política, foi aqui que ele fez campanha e foi daqui que vieram a maioria dos seus votos. Companheiros dele, daquela época, relembraram fatos daquele início, lá no encontro de lançamento da candidatura. Nenhum outro político fez tanto pelo Mucuri quanto Aécio, que afirmou que teremos prioridade na sua atuação parlamentar. E nós sabemos que ele sempre cumpre o que promete.
