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Restaurante Irmã Zoé

MARIELLE, QUEM ERA A VERADORA?

Uma semana terminou com o impacto violento da morte de uma pessoa que ocupava o cargo de Vereadora na capital carioca. O impacto foi de tal ordem explosivo que movimentou o país inteiro tomado pela comoção do acontecido.

Mas afinal quem era aquela mulher saída de uma favela que ultrapassou os estreitos limites concedido pelos fora-da-lei que dominam aqueles territórios com mãos-de-ferro onde o silêncio, a coerção, o temor e a imposição são as regras implacáveis a serem cumpridas sem o menor questionamento?

Sabe-se que foi eleita com 46 mil votos em um território onde quem dá as ordens não respeita as normas estabelecidas e que, por essa razão, tenha sido escolhida para representar os seus algozes em uma casa onde são feitas as regras para os outros!

Outro ponto que chama a atenção é o fato dela e seu partido terem sido contrários a Intervenção Federal determinado por instâncias superiores em função das ações destruidoras que vem sendo imposta à população indefesa perante a fúria dos malfeitores.

O assalto sofrido por aquela vítima levanta muitos questionamentos intrigantes mesmo para quem não tem, como tarefa, o ofício de investigar fatos ocorridos com aquela dimensão, senão vejam: Ela foi tirada do ar por alguém a quem ela estava perturbando com suas ações políticas! Todos dizem que ela era uma parlamentar muito atuante, porém, só denunciava a violência praticada pela Polícia Militar! E a violência vinda dos traficantes do território onde ela vivia não era denunciada por quê?

Todos se referem a ela como sendo uma referência como mulher, pobre, negra, socióloga dentre outros adjetivos daí então vem a pergunta: Quem financiou a sua extensiva campanha política já que ela encantou um número extraordinário de eleitores? Ou será que foi apenas com a sua: Saliva, (argúcia) Sola (andar) e Suor (cativar as pessoas para os seus propósitos políticos)?

Uma Desembargadora a acusou de trabalhar para uma facção criminosa conhecida como Comando Vermelho (CV). Por que não houve uma solicitação de retratação pública perante uma denúncia tão grave?

O exercício da sua atividade parlamentar transparece, hoje, muitas dúvidas cujas respostas silenciaram no dia da sua explosão para o mundo! A sua voz contrariou muitos interesses, porém incendiou outros!

A sua partida trouxe verdades as quais jamais imaginávamos. Descanse em paz e obrigado pelo que nos desvendou.

 

Carlos Maia é professor

artigosbsb@gmail.com – 19032018.

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