Ele alega que sempre votou favorável aos projetos do prefeito, principalmente quando solicitado pelos governistas, e que, devido ao gesto nada cortês, a confiança está abalada
TEÓFILO OTONI – Durante sessão ordinária na Câmara Municipal, os vereadores, exceto a bancada governista composta por Tina (líder do Governo na Câmara), Assis da Prefeitura e Raulino do Sindicato votaram a favor do projeto de autoria do vereador Melquisedeque que concedia o Título de Cidadão Honorário ao peemedebista Rodrigo Pacheco, presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. A situação gerou mal estar entre Melquisedeque e a bancada do Governo. O vereador, por sinal, se mostrou surpreso pela intervenção negativa dos colegas. Raulino e Tina votaram contra, enquanto Assis da Prefeitura, absteve. No entanto, a manobra dos parlamentares não surtiu efeito, já que o projeto foi aprovado pela Casa Legislativa, como frisou Melquisedeque.
“Votamos o projeto concedendo o título de Cidadão Honorário para Rodrigo Pacheco presidente da CCJ uma das principais comissões do país. Votamos o título para ele, que estará em Teófilo Otoni dia 27, e com ele virá outros deputados. Pelo deputado ser de um partido oposto ao do governo, o pessoal da bancada do PT votou contra ao nosso título e o Assis absteve de votar. Uma das justificativas foi que eles são do Partido dos Trabalhadores e ele é de outra liderança. Então, este vereador sempre votou nos projetos do prefeito Daniel, e a Tina por ser líder do Governo sempre pediu e sempre apoiamos os projetos. Fui até a Tribuna para mostrar minha indignação com os votos opostos da líder da bancada, da líder do prefeito, uma vez que ela colocou como se fosse uma via de mão única, e é uma via de mão dupla. Sempre votamos a favor dos projetos do Executivo, a pedido da líder do governo, e ela votou contra um projeto simples, um projeto dando título a uma pessoa que é ficha limpa, e um homem que representa a mais importante comissão do nosso país”, destacou Melquisedeque.
Questionado, o parlamentar não descartou um provável distanciamento, que acontecerá após o mal estar gerado com a bancada governista na Câmara Municipal.
“Não posso afirmar que haverá um distanciamento, mas sim, uma desconfiança em trazer outros projetos. A partir de agora significa que aqui a votação, indicação, não é pela pessoa, mas sim do partido, e quando não é do partido do governo não terá aprovação. Não pode ser por aí. O próprio prefeito fala que quem governa não são os partidos, sãos os CPF´s, as pessoas, e aqui são as pessoas. Os colegas vereadores olharam o partidarismo nesse momento. A escolha por homenagear o deputado federal Rodrigo Pacheco presidente da CCJ, é por ele ser mineiro e estar à frente de uma das principais comissões do nosso país e desenvolvendo um ótimo trabalho, ser fichar limpa, e ser um dos homens mais respeitados do nosso país”, finalizou.