DA REDAÇÃO – Candidato a deputado federal nestas eleições, o ex-governador e senador Aécio Neves (PSDB) disse, em entrevista, estar confiante de que Minas Gerais superará a grave crise financeira que vive e retomará sua importância na vida nacional. Para isso, diz Aécio, é necessário encerrar o governo do PT elegendo Antonio Anastasia, candidato a governador pelo PSDB, e formar uma bancada de forte atuação na Câmara dos Deputados.
Entramos na reta final da campanha nacional e no estado, já é possível sabem quem vencerá as eleições?
São eleições muito importantes para Minas Gerais e para o país. Todos sabemos a gravidade da crise que nosso estado e o Brasil enfrentam com o desemprego e a falta de oportunidades para nossos jovens, com os professores e servidores com seus salários atrasados, ao contrário do que ocorria quando governei Minas e todos recebiam em dia. As prefeituras foram abandonadas pelo governo do PT, o mesmo partido que quebrou o país. Por isso, será muito bom para Minas eleger Antonio Anastasia, com sua experiência e capacidade de trabalho. Da mesma forma, na disputa nacional, o eleitor deve ter certeza sobre seu voto porque o país precisa voltar a crescer e, para isso, temos que ter um governo capaz. Vivemos um momento de desesperança, mas não podemos desistir da luta.
O governador diz que a culpa da crise no Estado é dos governos do PSDB. De quem é a culpa?
É muito cômodo você, depois de cumprir todo o mandato, colocar a culpa do seu fracasso em que o antecedeu. Passaram-se quatro anos de governo do PT e o que foi feito em todo esse tempo? Medidas que levaram o estado a um retrocesso de mais de quinze anos. Quando eu assumi o governo, em 2003, eu não tinha dinheiro para pagar o salário daquele mês, nem do mês seguinte. Eu não fiquei choramingando, não fiquei reclamando do ex-governador Itamar ou daqueles que deixaram o governo. Eu tratei de fazer o que precisava ser feito. Fizemos da maneira certa e Minas avançou. A crise que o nosso estado vive hoje é de responsabilidade do atual governo, do PT, que não soube tomar as decisões certas. Este chororô é a prova da incompetência.
As pesquisas mostravam que estaria reeleito ao Senado. Por que candidatar a deputado federal?
Minha candidatura a deputado federal tem o objetivo de trabalhar firmemente pela recuperação de Minas Gerais. Para sair do buraco, precisamos ter uma bancada federal forte no Congresso Nacional porque, por maior que seja esforço do governador, e eu espero seja o Anastasia, teremos que renegociar a dívida do estado e obter novos financiamentos que dependem do governo federal. Também precisamos retomar a importância de Minas na vida nacional, o que, infelizmente, perdemos no governo do PT. Minas precisa voltar a crescer, a gerar emprego e a cuidar bem das pessoas, principalmente dos mais pobres.
O senhor foi presidente da Câmara dos Deputados no governo Fernando Henrique. É uma Casa que o sr. conhece bem. O que podemos esperar do Congresso nos próximos 4 anos?
Fui eleito deputado federal por quatro mandatos consecutivos antes de ser eleito governador de Minas. Presidi a Câmara, fui líder e participei de debates e decisões históricas que mudaram o Brasil. Estava na Câmara quando fizemos a nova Constituição, ao lado de Ulysses Guimarães, Mário Covas e tantos outros. Também quando aprovamos o Plano Real, que pôs fim à hiperinflação no país. É a Casa Legislativa que verdadeiramente representa a totalidade e a diversidade do povo brasileiro e onde são decididas as questões nacionais. Eleito deputado federal posso garantir que trabalharei para que Minas e o Brasil superem o atraso a que os governos do PT nos levaram. Sinto um enorme entusiasmo de, assim como fizemos na Constituição de 88, termos a chance de novamente levar o país a um novo ciclo de democracia e de desenvolvimento econômico e social.