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Moeda social ganha espaço em T. Otoni

O prefeito Getúlio Neiva recepcionou os representantes do banco comunitário
O prefeito Getúlio Neiva recepcionou os representantes do banco comunitário

Dinheiro alternativo ao Real (cédulas de Lisa) circula em pelo menos 15 bairros da cidade e já movimentou o equivalente a R$ 100 mil

TEÓFILO OTONI – Se em 1º julho de 1994 o Real foi implantando no país, com bastante alarde á época, o mesmo não pode ser dito a Lisa, apontada como a segunda moeda social criado no Estado. Não que isso seja ruim, pelo contrário. Ao poucos o ‘dinheiro alternativo’ ao Real está conquistando seu espaço. Se não vejamos. A moeda social foi criada em 2012, há quase quatro anos no varejo de 15 bairros da periferia da cidade, e desde então movimentou cerca de 100 mil lisas em cédulas de 0,50, 1, 2, 5 e 10. Por sinal, a cédula homenageia o padre Giovani (Lisa), figura influente, sobretudo, nos bairros da zona sul.

Durante o encontro com o presidente da ACE – Associação Comercial e Empresarial, Ricardo Bastos, Joana Louback informou que a moeda social é uma forma de complementação de renda em que os recursos são usados apenas dentro da cidade
Durante o encontro com o presidente da ACE – Associação Comercial e Empresarial, Ricardo Bastos, Joana Louback informou que a moeda social é uma forma de complementação de renda em que os recursos são usados apenas dentro da cidade

Desde a criação do Banco Comunitário de Liberdade e Inclusão Solidária Articulada (BANCLISA), o cenário da população dos bairros, principalmente, daqueles em vulnerabilidade social vem mudando. A moeda circula em 15 bairros, onde moram 35 mil pessoas, e já injetou no comércio local o correspondente a pouco mais de R$ 100 mil.

De acordo com Joana Louback, coordenadora do Banclisa, instituição comunitária que administra o dinheiro social, “há estabelecimentos que oferecem descontos de até 10%. As pessoas podem pegar (em empréstimos) até 500 lisas para consumo”, informou.

 

 

Culminância da rodada de exposições do projeto na Casa Emaus
Culminância da rodada de exposições do projeto na Casa Emaus

Avanço da moeda social

Aproximadamente 200 comerciantes de 15 bairros da cidade aceitam a Lisa. Um deles é a empresária Jorgiany Araújo, dona da farmácia na Avenida João XXIII. Segundo ela, as vendas subiram 20% desde então.

Uma das estratégias utilizadas para circulação da moeda nos bairros, como neste caso, Teófilo Rocha, foi oferecer descontos aos clientes, desde que as compras fossem feitas com a moeda social. Outra aposta acertada foi dar troco em lisas a quem paga tanto com o dinheiro alternativo quanto com o Real.

“É uma estratégia boa, pois a pessoa que recebe o troco em Lisa continua comprando mercadorias em nossa região, fortalecendo o varejo local”, afirmou Joana Louback.

Proposta de expansão

No último mês de dezembro, foi apresentado a diversos setores da sociedade, entre eles, o chefe do Executivo, Getúlio Neiva, o presidente da ACE – Associação Comercial e Empresarial, Ricardo Bastos e ao diretor da Viação Vale do Mucury, Rômulo Maciel, a proposta de expansão do Banclisa, que segundo Joana Louback, foi criado para desenvolver mais a economia da zona sul, financiando o comércio, serviços, pequenos negócios da comunidade e incentivando o consumo em moeda social. A proposta foi bem avaliada pelos empresários e também pelo prefeito que, por sua vez, prometeram avaliar o plano desenvolvido do banco comunitário.

 

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