A principal preocupação é pela segurança. Recentemente a Polícia Militar afirmou que grande parte dos crimes de roubo a transeuntes que assolam a cidade são contumazes e mais prováveis em áreas pouco iluminadas
TEÓFILO OTONI – Desde que mudou a responsabilidade da Cemig para a Prefeitura em relação à manutenção da iluminação pública, muitos consumidores têm reclamado sobre os postes com lâmpadas queimadas ou quebradas. A escuridão nas ruas, além de dificultar a visibilidade dos moradores e de quem trafega pela calçada, favorece a presença de criminosos e usuários de drogas. Luiz Felipe, morador da Avenida Perimetral, no Bairro Filadélfia, conta que várias lâmpadas ao longo da rua estão queimadas há mais de um mês.
“Já liguei várias vezes e acionei a prefeitura, mas não obtive retorno. Está muito escuro aqui, e tenho receio que as pessoas sejam assaltadas”, desabafou.
Inácio Ferreira mora em um apartamento no Centro, e reclama que na área central, também não há substituição das lâmpadas queimadas ou quebradas.
“Não bastar ir longe, só checar os postes da Avenida Luiz Boali, Getúlio Vargas, Epaminondas Otoni, Padre Virgulino, e todo o trecho na subida da Matriz. São mais de 100 postes sem iluminação”, informou.
Por sua vez, a Prefeitura informou que até o ano passado a responsabilidade pela manutenção da iluminação era da Cemig. Porém, a transferência dos ativos de iluminação pública das concessionárias de energia elétrica para as prefeituras municipais foi determinada pela Resolução Normativa nº 414, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Depois da transferência dos ativos, as prefeituras passaram a responder pela operação da iluminação pública, bem como, por sua manutenção, cabendo à concessionária apenas o fornecimento de energia.
Imbróglio
A Prefeitura assumiu provisoriamente os serviços de manutenção da iluminação pública e de praças na cidade. A responsabilidade passaria para o município desde o dia 1º de janeiro, seguindo determinação da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). No entanto, a administração municipal ingressou na justiça contra a determinação, alegando que tal medida cria uma despesa a mais para o município de até R$ 180 mil por mês, inviável aos deficitários cofres públicos.
Enquanto não se decide a questão na Justiça, a Prefeitura está anotando as solicitações dos moradores pelo telefone (33) 3529-2250, para cobrar da CEMIG ou atender diretamente, quando a decisão da justiça for tomada.