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MucuriArte torna Bertópolis capital da cultura do Vale do Mucuri entre 17 e 22 de julho

[vc_row][vc_column][vc_column_text]BERTÓPOLIS – Uma explosão de cultura e arte. Assim está sendo a realização do IV MucuriArte, entre os dias 17 e 22 deste mês, pelas ruas, casas, imóveis e espaços públicos da cidade de Bertópolis. Distante há cerca de 190 KM de Teófilo Otoni, município polo da região, Bertópolis é a capital da cultura nesta semana de julho no Vale do Mucuri, região nordeste de Minas Gerais. Palco quente para o exercício da crítica política e o engajamento sobre temas atuais do debate público brasileiro: feminismo, negritude, grafite, MPB, oficinas de teatro e artes plásticas, processos estes retransmitidos aos espectadores por meio de peças teatrais, música, artesanato [bate papo-informal] e outras formas de expressões artísticas e sociabilização proativa.

De acordo com a organização, mais de mil pessoas foram credenciadas. Entre eles somam-se os moradores locais, curiosos, índios e prestadores de serviços.

A cultura Maxakali é o ponto alto desta edição do evento, com forte presença de indígenas da etnia, inclusive dos caciques das tribos de Bertópolis e Santa Helena de Minas. Pintados de vermelho e ostentando penachos, são vistos em grande número por todas as partes da cidade.

Um Fórum sobre a cultura Maxakali foi realizado na tarde da quarta-feira (18), com a presença de várias autoridades de toda a região, como o secretário de Governo da Prefeitura de Teófilo Otoni, Pio de Castro (representando o prefeito Daniel Sucupira do PT), e responsáveis por órgãos como o Instituto de Desenvolvimento do Norte/Nordeste Mineiro (Idene), Sesai, Funai e prefeitura municipal. Uma presença ilustre a se destacar é a índia Diva Maxakali, vice-prefeita de Santa Helena de Minas.

Entre o aprendizado sobre a cultura indígena por meio dos eventos do Mucuriarte, também é possível presenciar um pouco dos costumes da etnia. Sua forma de se alimentar, lidar com a tecnologia, e se relacionar uns com os outros. Os maxakali estão entre os pouquíssimos troncos originários da terra brasilis que ainda conversam na linguagem original. São raros os que falam o português.

 

 

Cultura, diversão e arte

 

 

Sempre de maneira concomitante à outras atividades do evento, acontece durante a data etapas decisivas dos movimentos culturais mineiros, como a eliminatória do Festival da Canção, com a presença de bandas de diversas partes do estado, hospedados em pousadas e pensões, ou apeados em casas e prédios da Prefeitura em forma de alojamento coletivo. Um festival literário também trouxe muitos artistas para a cidade. O primeiro lugar, no quesito poesia original e recitada, ganhou R$ 2 mil em espécie.

Uma creche improvisada de dormitório para colegiais é o centro de encontros. Lá são servidas as quatro alimentações aos credenciados. Estes têm livre acesso a todas as ações do MucuriArte. Para se credenciar basta procurar o ponto de credenciamento e dar o nome. Não precisa apresentar documento, pois a ideia é incluir a todos nas apresentações culturais.

Ônibus com colegiais de escolas municipais de Machacalis, Carlos Chagas, Santa Helena, dentre outras cidades da região, também participam.

Há pessoas de Poté, Catuji, Caraí, Padre Paraíso, Ponte Nova, Belo Horizonte, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.

 

Fomento e organização

 

Iniciado em 2013 e organizado pelo Instituto Válido do Mucuri, o MucuriArte está em sua IV Edição. As três primeiras foram realizadas em Águas Formosas, Poté e Carlos Chagas, respectivamente. Para o ano que vem a cidade de Pavão vem se mostrando mais à frente para receber a trupe. A cidade escolhida parte de uma votação entre integrantes da organização.

A cada ano o Instituto Mucuri escolhe uma entidade para auxiliar na idealização e gestão do projeto. Neste ano de 2018 estão à frente dos trabalhos o Grupo InCena, de Teófilo Otoni, e o CEIA, de Pavão. Anualmente, o Governo de Minas dispõe de até R$ 250 mil para a realização do projeto.

Segundo fontes ouvidas pela reportagem, nomes que acompanham o evento vão pedir ao prefeito Daniel Sucupira para que Teófilo Otoni possa se credenciar a sediar a versão 2020 do MucuriArte. Segundo os ativistas culturais, a participação da prefeitura é primordial, para garantir a disponibilização de imóveis públicos e auxílio na logística do evento. Quesito este, que a Prefeitura de Bertópolis recebeu inúmeros elogios de todos os envolvidos, tanto pela organização quanto pela acolhida, bem como a receptividade da população do município.

Outros órgãos do estado e prefeituras da região auxiliam na disponibilização de ônibus, veículos e demais estruturas que facilitem no transporte e acomodação dos envolvidos, entre permissionários das barraquinhas, estudantes, artistas, convidados, e demais envolvidos no dia a dia do festival que irradia de um ponto do Mucuri arte para todo o vale.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_gallery type=”nivo” interval=”5″ images=”26435,26434,26433,26432,26431,26430″ img_size=”full”][/vc_column][/vc_row]

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