Outubro é o Mês da Conscientização sobre o Câncer de Mama, uma campanha internacional em favor da prevenção, momento de redobrarmos a atenção e os esforços na luta contra esse mal que atinge diversas mulheres e até homens em casos raros. De acordo com o Ministério da Saúde, câncer é o nome dado a um conjunto de doenças que tem em comum o crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos, podendo se espalhar para outras partes do corpo.Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam cerca de 2,09 milhões de casos de câncer de mama no mundo e estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) de 59,7 mil novos casos no Brasil, somente em 2018. É de suma importância que as mulheres verifiquem seus seios regularmente, de realizarem exames, de consultarem o seu médico caso notem algo incomum, pois, diagnosticando a doença o mais cedo possível, identificando casos iniciais, aumentam as chances de cura e diminuem a agressividade do tratamento. Por esse motivo, o outubro rosa além de chamar a atenção das mulheres para a necessidade de frequentarem o médico e de fazerem a mamografia, também busca estimular as mulheres a se tocarem e a realizarem o autoexame das mamas, pois, a maioria dos casos de câncer de mama são descobertos através do auto-exame. Estima-se que 30 % dos casos da doença podem ser evitados quando são descobertos logo no início e infelizmente o número de mortes por esse tipo de câncer continua em alta, sobretudo por causa do grande número de diagnósticos tardios, ou seja, já com o câncer em estado avançado. A pessoa que recebe um diagnóstico de câncer, muitas vezes experimenta uma série de emoções relacionadas à incerteza sobre o que o futuro reserva, e tais emoções têm um impacto significativo sobre a saúde psicológica da mesma. Uma doença que pode ser terminal dependendo do estágio em que esteja pode despertar em uma pessoa, medo, raiva, angústia, ansiedade, impotência, infelicidade, abatimento, desânimo, desesperança, desamparo, desapontamento, insegurança, tristeza, dentre vários outros sentimentos e emoções. Quando uma mulher é diagnosticada com o câncer de mama, há um grande impacto psicológico na vida da mesma, pois neste momento ela lida o tempo todo com o temor da possibilidade da morte frente a todo o processo de investigação ao não diagnóstico maligno. Experimentam muitas vezes, mudanças difíceis relacionadas ao tratamento quimioterápico, aos procedimentos cirúrgicos drásticos, as alterações do corpo, ao impacto na imagem corporal, passando por várias fases de conflito interno, desde a negação da doença, onde se chocam com a notícia, se tornando desacreditadas, não aceitando a doença, o que acaba dificultando e aumentando a resistência na busca pelo tratamento. Por esse motivo, é de suma importância que a pessoa diagnosticada receba além de suporte profissional, o suporte familiar, de amigos e principalmente emocional, para que ela possa aceitar o tratamento de forma mais esperançosa, mais segura, menos apreensiva, favorecendo-a uma melhor compreensão de todo o processo, de suas consequências, da importância dos cuidados, dando-lhes a oportunidade de expressarem todas as suas angústias, medos, de forma a confortá-las, tornando o tratamento menos agressivo. Desde o diagnóstico até o final do tratamento, tanto a paciente como a família passa por dificuldades de aceitação, todavia, é importante que a família busque também ajuda profissional para que possa compreender todo o processo da doença, facilitando o seu entendimento em função da dificuldade para lidar com o diagnóstico, uma vez que o papel que a família desempenha como agente de cuidados quando um de seus membros adoece é de grande importância ao tratamento médico.
Segundo uma pesquisa do Departamento de Psiquiatria da Unifesp, quase 50% dos pacientes com a doença desenvolve algum transtorno psiquiátrico, principalmente depressivo.
Dentro de todo esse processo doloroso, do choque da notícia, do impacto psicológico que a doença causa, muitas mulheres podem vir a desencadear a depressão, as reações ao estresse pela notícia são variadas, cada pessoa reage de uma forma. Por esse motivo, é de suma importância que todos que acompanham a paciente, fiquem atentos aos sinais de problemas psicológicos demonstrados por esta, evitando assim futuras complicações diante tamanho sofrimento. É indispensável o acompanhamento psicológico para a paciente como aos demais cuidadores (familiares), que precisam ser acolhidos em seu sofrimento, em suas fragilidades momentâneas para o enfrentamento e a melhor elaboração de todos os conflitos que a doença pode gerar, ajudando assim a atenuar os seus efeitos. Considerando o papel significativo que os fatores psicológicos podem desempenhar no bem-estar geral dos pacientes, é essencial que a paciente receba apoio de todos os suportes, para que a pessoa com câncer compreenda a importância do tratamento e de expressar seus sentimentos a todo o momento. Quem tem uma familiar que esteja passando por este momento ou um amigo, deve buscar ajuda e estar sempre presente nos momentos de desabafo, o acolhimento com palavras de apoio torna-se indispensável. Por esse motivo, é necessário nos juntarmos a essa campanha linda do Outubro Rosa, para ficarmos atentos as orientações, buscando desenvolver na sociedade iniciativas de prevenção, assim como a estimular o cuidado com a saúde, a conhecer melhor o corpo, a importância de conhecer as mamas, seu formato, sua textura, para assim ter a capacidade de perceber as alterações suspeitosas o quanto antes, pois um caso de câncer de mama é mais fácil de tratar e tem maior probabilidade de cura se detectado de forma precoce. Juntos, somos mais fortes, participe deste movimento em prol da conscientização sobre a importância de estar em alerta aos possíveis sinais de um câncer de mama, assim como de fazer a mamografia de rastreamento de forma periódica. Compartilhe essa idéia e fortaleça a rede de informação!
O material é informativo, não substitui a terapia ou psicoterapia oferecida por um psicólogo
Graziele Oliveira/ CRP: 04/38441 é psicóloga clínica com formação em Coaching Psychology
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