Provocada por um vírus, o sarampo é uma doença contagiosa caracterizada por manchas avermelhadas que iniciam no rosto e acabam por se espalhar por todo o corpo. Muito comum na infância, o sarampo é transmitido através de secreções como tosse e espirro, sendo assim o isolamento do paciente se faz necessário para evitar o contágio de outras pessoas.
Os principais sintomas só se manifestam após 14 dias de contração do vírus e incluem febre alta, tosse, inflamação nos olhos e garganta, nariz escorrendo e perda de apetite. Assim, uma pessoa contaminada pode transmitir o vírus a outros mesmo que os sintomas ainda não estejam se manifestando. O sarampo, ao contrário de doenças como catapora ou rubéola, não causa coceira. O diagnóstico do sarampo é realizado por meio de exames clínicos e de sangue. A doença pode ser letal ou deixar sequelas graves, como cegueira.
A maneira mais eficaz de prevenir o sarampo é por meio da vacinação. A vacina contra o sarampo é chamada tríplice viral, protegendo também contra caxumba e rubéola e deve ser aplicada em duas doses, sendo a primeira a partir do 12º mês de vida e a segunda entre o 15º e 24º mês. Adultos que não foram vacinados dentro desse período devem recebê-la independente da idade. A vacina é contraindicada a gestantes, menores de seis meses de idade, pessoas com doenças imunodepressivas e alérgicos à proteína do ovo.
Recentemente, vem surgindo uma onda de pais que se dizem contrários à vacinação. Essa atitude vem preocupando os órgãos responsáveis, uma vez que em abril desse ano a OMS advertiu para um surto de sarampo no Brasil. A doença havia sido considerada erradicada do país em 2016 pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Hoje, já são 1100 casos e cinco mortes confirmadas em três estados: Amazonas, Roraima e Rio Grande do Sul. O fato de não se vacinar não coloca apenas a própria pessoa em risco, mas a população de forma geral. O “efeito rebanho” é o termo que os especialistas usam para descrever uma situação onde a maioria da população é vacinada, ampliando assim essa imunização para as pessoas que não se submeteram à vacina.
A campanha de vacinação iniciou em 6 de agosto em todos os postos de saúde do país. Quem não lembra se já tomou a vacina também deve se vacinar, uma vez que não há risco para a saúde caso a pessoa tome uma dose adicional. A campanha se estende até o dia 31 de agosto, e a meta é atingir 95% das 11,2 milhões de crianças entre um e cinco anos.
O sarampo não possui tratamento específico, sendo este focado em diminuir os sintomas. O recomendado pelos médicos é repouso e hidratação e suplementação de vitamina A. Quem já teve a doença não corre o risco de ser contaminado novamente, o problema é que os sintomas muitas vezes são confundidos com doenças similares. Assim, mais uma vez reforça-se a importância da vacinação em caso de dúvida do diagnóstico. Procure o Posto de saúde mais próximo da sua casa e VACINE-SE!
Taquim da Sucam é vereador