TEÓFILO OTONI – Eleito vereador pelo PSD aos 23 anos de idade, com mais de 7 mil votos, atuante pela revisão do Pacto Federativo e a mobilidade urbana, atleta praticamente assíduo de quatro esportes, ciclismo, natação e corrida (triathlon) e também jogador de futebol. Esse é o perfil do mais jovem parlamentar da Câmara Municipal de Belo Horizonte, o jovem Doorgal Andrada, hoje com 25 anos de idade. Formado em Direito e militar da reserva do Exército Brasileiro, ele tomou desde cedo gosto pela política e, agora, quer expandir seu trabalho por toda Minas Gerais, se lançando pré-candidato a deputado estadual. Neto do deputado federal Bonifácio Andrada (PSDB), congressista em seu décimo mandato consecutivo, Doorgal tem a jovialidade e o espírito desportista em suas veias, que somados ao bom trânsito no mundo da política, fazem dele um nome de respeito para a tão sonhada e necessária renovação do meio em Minas Gerais e no Brasil. Nesta entrevista ao jornal, no primeiro dos quatro dias que irá passar na região (de 25 a 28 de janeiro) com uma extensa agenda por 8 cidades (Poté, Crisólita, Frei Gaspar, Ouro Verde de Minas, Catuji, Caraí, Nanuque e Teófilo Otoni), Doorgal falou de seus intentos e impressões sobre o Vale do Mucuri, região que, segundo ele, necessita sobremaneira da atuação firme e próxima de uma figura pública compromissada com as necessidades locais. A entrevista foi concedida no hotel em que o vereador está hospedado em Teófilo Otoni, junto a sua equipe de assessores
DIÁRIO – Nos conte sobre sua trajetória até chegar na política. Nos fale quem é Doorgal.
DOORGAL – Meu nome é Doorgal Andrada, tenho 25 anos e sou formado em Direito. Integro um grupo que faz trabalhos sociais em Belo Horizonte há alguns anos. Sou atleta de triathlon (ciclismo, corrida e natação) e praticante assíduo de futebol. Também sou militar da reserva, pois servi por um ano o Exército Brasileiro. Sobre minha trajetória política, ela se iniciou no ano de 2016, quando disputei as eleições para vereador em Belo Horizonte. Na ocasião, fui eleito o vereador mais jovem daquela candidatura, aos 23 anos de idade, com 7227 votos. Essa é minha história política, mas o meu gosto pela política é muito anterior a minha eleição. Desde o primeiro dia de aula no curso de Direito mantive contato com os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Posteriormente, decidi fazer um estágio voluntário na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, onde tive um contato mais próximo com a política. Posso assim dizer que foi a partir desse momento que se iniciou, de fato, o meu gosto e a minha participação na área política, mesmo que indireta. Atualmente, devido a esta experiência no meio e também por ter vivido em diversas cidades do Estado de Minas Gerais, pretendo alçar voos maiores e me lançar candidato a deputado estadual, a me tornar pré-candidato a deputado estadual. Penso que posso contribuir não somente com Belo Horizonte e, sim, com todo o estado.
Quais são suas bandeiras na política, qual seu foco de atuação em Belo Horizonte e que pretende disseminar pelo estado?
Minhas principais bandeiras são a segurança e a saúde, temas estes que são de todos nós. Já minhas bandeiras peculiares são a mobilidade urbana e o esporte. Como esportista, acredito que o esporte tem um papel muito importante para os jovens, principalmente os da periferia, em garantir uma melhor qualidade de vida e inserção social. Em relação à mobilidade urbana, é uma área fundamental para qualquer cidade, especificamente as grandes e as de médio porte, como Belo Horizonte e Teófilo Otoni, por exemplo. Sem uma mobilidade urbana adequada as pessoas têm menos incentivo para ir à rua. Um trânsito conturbado faz com que as pessoas frequentem menos os locais que gostam. Elas desanimam de sair de casa, e isso afeta diretamente a economia, o lazer e obviamente também a saúde da população. Sem falar, claro, dos deslocamentos das pessoas para o trabalho e para resolver suas questões cotidianas. A mobilidade urbana é uma questão essencial nos dias de hoje, e tem que haver planejamento adequado para ela fluir positivamente.
O senhor também fala muito na revisão do Pacto Federativo. Qual a importância de um novo Pacto Federativo na sua visão? Como o senhor enquanto Deputado pretende atuar nessa Seara
Sobre este tema, acredito que um novo Pacto Federativo deveria dar mais autonomia aos municípios. Hoje, a maior parte dos tributos arrecadados em um município segue para Brasília. E o retorno deste tributo [ao município] depende de vários fatores, inclusive de relações pessoais e políticas. O prefeito que tem melhor relação com um deputado, um secretário de Estado, um ministro, acaba canalizando mais recursos para sua cidade. Essa divisão não é igualitária. Essa relação deveria ser mais objetiva e menos subjetiva. Um município mais autônomo é mais eficiente. Quem sabe o quanto de recurso uma cidade precisa é o prefeito, e não o ente político que está na capital estadual ou federal. É o chefe do Executivo local que sabe a melhor e mais urgente destinação do recurso. O municipalismo deve acontecer no Brasil para as coisas fluírem melhor nas cidades, onde a vida dos cidadãos acontece de fato.
O Vale do Mucuri é uma região do estado com muitas demandas sócio-econômicas. Como o senhor pretende atuar para transformar essa realidade?
A partir desta visita estou podendo enxergar com outros olhos a região, e posso lhes garantir que estou enxergando com os olhos de uma pessoa que quer firmar compromisso com a sociedade local. Percebo que aqui existem muitas demandas. É uma parte do estado, infelizmente, com o IDH muito baixo. Há muitas carências com a questão social. Deve ser feito um trabalho geral na região. Os habitantes locais precisam de mais oportunidades e melhores condições para se lançarem no mercado de trabalho, de sair em busca dos seus sonhos. Teófilo Otoni e algumas cidades vizinhas estão apresentando um crescimento muito rápido, e é um crescimento desordenado, que não ampara a todos e às reais necessidades de infra-estrutura. É preciso que a região firme parcerias com as pessoas certas, com políticos compromissados com a transformação dessa realidade. A exemplo do que eu disse anteriormente, não vivemos um municipalismo autônomo, então, é necessário que se tenha bons políticos presentes, que conheçam a realidade local e que possam buscar em Brasília e Belo Horizonte a ajuda necessária para o desenvolvimento da região.
A partir dessa primeira visita, o senhor pretende estreitar os laços com o Vale do Mucuri?
Com certeza. Minha vontade maior, meu compromisso, é com o estado de Minas Gerais. Morei em diversas cidades mineiras, não morei no Vale do Mucuri, mas estou conhecendo a região, tenho muitos amigos aqui, pessoas que são do meu círculo de amizades. Sempre que nos encontramos falamos muito das necessidades locais, encontros estes que foram gerando em mim a vontade de trabalhar por esta região, pois assim estarei trabalhando por Minas. Posso afirmar, categoricamente, que o Vale do Mucuri é uma das partes do Estado que mais precisam de uma atuação mais próxima de uma figura pública, e, a partir de agora quero e vou assumir esse papel.